Devaneios sobre como as conexões acontecem: no conteúdo e na vida

dois homens se abraçando

A Netflix liberou recentemente novos episódios de uma série chamada Queer Eye. Já acompanhei alguns e, volta e meia, me pego chorando. Não sei se por alegria, tristeza, ou talvez uma misturinha entre os dois. 

De forma bem resumida, trata-se de um reality show em que um grupo de 5 homens gays (The Fab Five, honey) entram na vida de uma pessoa - assim mesmo, bem aleatoriamente - para fazer uma profunda transformação. Uma mudança que engloba não só o estilo, mas também a relação dela com a comida, com a casa, com a família. 

O que me comove na série é ver como a pessoa verdadeiramente se TRANSFORMA após a chegada deles. Geralmente, as “intervenções” são feitas por eles em seres humanos que se doam TANTO aos outros que acabam esquecendo de si mesmos. Não lembram mais o que é ter um estilo próprio. Cozinhar a própria comida. Cuidar da pele, dos cabelos, do corpo. 

E a intervenção do grupo é feita de forma tão genuína, honesta e amorosa que é impossível não ser impactado pelo “antes e depois” das vidas tocadas por eles. Toda essa introdução apenas para dizer que Queer Eye tem me feito refletir sobre como as conexões humanas acontecem.

Cheguei à seguinte conclusão:

A dor é o que nos conecta

No desenrolar dos episódios da série, fica nítido isto: para que uma pessoa que perdeu totalmente a conexão consigo mesma, com sua essência, abrir-se para SENTIR de novo é complicado. E, na produção do Netflix, JUSTAMENTE o que faz as pessoas abrirem sua dor - permitindo-se sentir para, então, curar - é a conexão com a dor do outro.

Os 5 Fab Five, simplesmente por serem homossexuais, simbolizam um grupo de minoria. A cada episódio, eles também compartilham um pouco do sofrimento de suas histórias. Provando que, por mais dura que a estrada tenha sido, há possibilidade de superação.

É nesse momento em que a dor deles encontra a dor da pessoa que estão transformando - ainda que suas dores “originais” sejam completamente distintas - é que a conexão ocorre. A partir desse momento, a pessoa se entrega à mudança. Se permite aceitar ajuda. Recomeçar. 

Na vida e no conteúdo também é assim. A gente só se permite ser tocado quando se IDENTIFICA. E tem algo que nos identifique mais que a dor? Tem coisa mais chata que um conteúdo que não conecta, que não dialoga, que não traz verdade alguma nele? Que não tem propósito, visão, exposição?

Acho que passamos da era só das fotinhos de recebidos, hashtags e imagens exageradamente editadas. Ainda bem. Até os likes no Instagram se foram. Quer se destacar? Agora o negócio é aprofundar

Moral da história:

Não esconda sua dor. Você não é perfeito(a). Nem eu.

Nenhum de nós é. Mas até agora há pouco, nada disso era valorizado. Agora temos a oportunidade de começar a fazer diferente. Sobre o que sua audiência realmente quer saber? E como você pode comunicar isso colocando um pouquinho de você - ou do seu cliente - na mistura? Como você pauta seu conteúdo? Suas linhas editoriais exprimem sua verdade?

Podem parecer questionamentos inofensivos, mas eles são absolutamente essenciais. Em nossa experiência na Like Marketing, quanto mais a pessoa se enxerga no cliente e se identifica com ele, melhor é o resultado nas redes. E não estou só falando da alegria. Estou falando dos momentos difíceis, que também são compartilhados.

Eu acredito que os resultados no Marketing Digital podem ser muito melhores quando largamos apenas as frases motivacionais e vamos além. E, como amante da internet, torço para que ela seja inundada por textos, vídeos e imagens cada vez mais pensadas para conectar - e menos “blablabla” fake com o objetivo único de vender. (alguém ainda cai nessa?).

Em resumo, torço por mais conexões verdadeiras. Sejam elas no mundo real ou virtual.

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MATERIALISMO: um mergulho na doença do século 21

caixas de armazenamento

Recentemente, comecei a perceber que existe uma doença que mata mais que câncer, obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Uma patologia realmente séria, considerando que as que acabo de mencionar já são verdadeiras epidemias aqui no ocidente. 

Mas que doença seria capaz de tirar mais vidas que o câncer, que já soma quase 10 MILHÕES óbitos por ano no mundo; a obesidade (que já atinge 20% das pessoas no Brasil); as doenças cardiovasculares (que matam mais de 300 mil brasileiros anualmente) e a diabetes (que tira mais de 72 mil vidas)?

Trata-se de uma doença chamada MATERIALISMO

Pode até soar um pouco sensacionalista, mas na verdade não é. 

Não é porque a raiz de TODAS as DEMAIS doenças citadas aqui possuem, de certa forma, relação com o âmbito emocional. SIM: até mesmo o câncer, como afirma sabiamente o Dr. Ítalo Rachid - médico especialista em Ciências da Longevidade Humana - é uma doença associada a modelos mentais.

Tudo aquilo que pensamos, sentimos e expressamos ao mundo afeta fortemente o funcionamento de nosso organismo. E é justamente isto que a doença que denomino materialismo faz: seus sintomas INCLUEM uma profunda desconexão com seu verdadeiro eu, sua essência, seu propósito de vida.

Eu já fui acometida pela doença materialista. Na verdade, penso que estou em processo de RECUPERAÇÃO. De certo modo, creio que todos nós que vivemos em uma sociedade baseada no consumo temos resquícios de materialismo no corpo, na mente e no espírito.

Talvez nem seja possível atingirmos uma recuperação completa. Mas dá pra aliviar um pouquinho o vazio e encontrar uma vida com mais propósito. É o que tenho descoberto.

Topa aprofundar? Em caso positivo, te convido para...

Um mergulho no CONCEITO de MATERIALISMO

No livro o  “O Caminho da Perfeição”, o já falecido iogue C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada escreve que o MATERIALISMO, baseado na tentativa de TORNAR PERMANENTE tudo aquilo que é IMPERMANENTE, é a principal causa de sofrimento das pessoas no século em que vivemos.

Queremos uma bela casa. Um lindo iPhone. Viagens incríveis. Restaurantes maravilhosos. Prazeres infinitos. E tudo bem querer isso. O problema é que a felicidade nunca está nesse “lado de fora”. Precisamos saber porque queremos o que queremos. E o quanto é SUFICIENTE para nós.

C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada escreve:

“Pessoas materialistas vivem cheias de ansiedade, pois aceitaram como real aquilo que é impermanente. (...) esta é a doença material. No mundo material, as pessoas sempre tentam CONQUISTAR algo que não é permanente. Vivemos atarefados tentando adquirir conforto para este corpo, sem levar em consideração que hoje, amanhã, ou daqui a 100 anos esse corpo se acabará”.

Diz ele também que, quando não nos aprofundamos no caminho espiritual, é inevitável que nossa mente se volte ao materialismo. A MENTE HUMANA precisa se ocupar com algo. E, se não for com um processo de AUTOCONHECIMENTO, de olhar para dor, de contribuir ao mundo e às pessoas e de entender o dharma (propósito de existir), ela se volta aos desejos materialistas.

Ao desejo de possuir coisas, pessoas, situações. Daí nasce a dor - uma vez que jamais teremos esse pleno CONTROLE de tudo. 

Mas, afinal...

Por que o MATERIALISMO adoece?

Já que apresentei o conceito, agora vou explicar meu argumento de que o materialismo realmente ADOECE. Há alguns dias, tomando café com um amigo querido, passamos a divagar sobre MINIMALISMO que, de certo modo, é um “remédio” ao materialismo. Chegamos à seguinte conclusão:

“Tudo aquilo que possuímos é um peso. Tudo que você tem, lhe custa algo para manter. Seja dinheiro, energia, tranquilidade mental ou - aí vem o principal - TEMPO. Esse é o ativo mais precioso que o materialismo nos rouba”.

Meu amigo usou uma analogia incrível. Imagine que tudo que você COMPRA ou CONSOME será algo que você terá que carregar nas costas. Imagine o PESO de tudo sobre os seus ombros. 

No nomadismo digital, essa analogia quase abstrata se torna basicamente real. Você percebe, empiricamente, que quanto menos coisas você possui, mais fácil é percorrer o mundo.

Por isso, no meu processo, viver o nomadismo digital, buscar o minimalismo (menos trabalho, mais experiências) tem sido uma ferramenta de CURA dessa doença que chamo de materialismo. 

Então quer dizer que todo mundo deveria virar nômade? Claro que não. Mas levar essa FILOSOFIA à vida, almejar menos coisas, priorizar pessoas, vivências, experiências em detrimento de roupas, objetos e posses é, em si, uma atitude curativa

Em meu processo, hoje tudo que eu quero é querer menos. E me conectar mais.

E você? Tem feito essa busca? Já tinha parado para pensar sobre tudo isso? Se quiser, compartilha o processo aqui comigo que eu vou amar saber. 

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Bem-vindos à Era da Vulnerabilidade

olho aberto

Desde que a maravilhosa Brené Brown entrou em cena com seu incrível TED (The Power of Vulnerability) e, posteriormente, no Netflix com sua palestra (Call To Courage), a palavra VULNERABILIDADE tem ganhado enfoque. 

Diz ela, com extrema sabedoria:

“Ficar vulnerável é um risco que temos que correr se quisermos experienciar conexão.”

No contexto da produção de conteúdo e das mídias digitais, antes mesmo de Brené entrar em cena, confesso que eu já havia reparado em uma mudança de ares. 

Quando o Instagram estourou, por exemplo, nosso barato era observar - com um certo tom de inveja - a vida inacreditável das blogueiras com suas viagens incríveis e rotinas fitness, né? (Olha eu sendo vulnerável aqui e confessando: eu SUPER era essa pessoa).

Mas algo mudou nos últimos tempos. Me parece que, aos poucos, essa “distância” entre o que é a VIDA REAL de uma pessoa e o que se posta no Instagram começou a se mostrar mais óbvia. Ficou mais difícil acreditar que a realidade das blogueiras - e de nossas PRÓPRIAS vidas - é realmente tão incrível quanto os Stories e o feed.

Eu, pelo menos, não caio mais nessa. Mas enxergo a transformação embalada pela “onda da vulnerabilidade” com extremo otimismo. Afinal, não deveriam as redes sociais atuarem como uma EXTENSÃO de nossas conexões REAIS

Claro que não precisamos documentar e jogar nossa tristeza na cara do mundo. Mas creio fortemente podemos ressignificar a forma como produzimos conteúdo, trazendo um pouquinho mais de VERACIDADE a ele. 

Estamos nas redes porque queremos conexões. Como se conectar com alguém que nunca tem problemas se, no fundo, sabemos que todo SER HUMANO enfrenta algum tipo de dificuldade? Como se conectar com alguém de quem você é fã, mas você sabe que só quer seus likes….nunca respondeu a um comentário seu e, provavelmente, nunca responderá?

Para ilustrar melhor, vou trazer um exemplo recente de vulnerabilidade na produção de conteúdo. E, para ser completamente honesta, o exemplo vai ser meu. 

Na semana passada, publiquei um texto falando sobre como a Yoga tem me ajudado a lidar com minha ansiedade (sou muito, muito, muito ansiosa) e a melhorar minha produtividade. Para minha surpresa, foi um de meus conteúdos mais lidos até agora.

Por quê? Porque eu fui vulnerável. Abri ao mundo meu problema e descobri, no fim das contas, que é um problema de muita gente. 

E olha só que incrível: eu me senti acolhida, como escritora do texto - e como pessoa com ansiedade. Ao mesmo tempo, meus leitores também se sentiram compreendidos (muitos comentaram que a Yoga tem feito milagres em suas vidas). 

Por isso, se você trabalha com produção de conteúdo, minha sugestão é: TORNE seuCONTEÚDO VULNERÁVEL. Assuma quem é você nas suas histórias (o bom e velho storytelling). Não só o lado bonito da sua vida. Quem sabe os perrengues que você passa também não sejam boas fontes de inspiração para fazer novas amizades no mundo virtual - e, posteriormente, até no mundo real?

Quem sabe as DORES que você experimenta não são também as dos seus clientes, amigos ou ambos? Se é verdade o que Brené diz - que a vulnerabilidade é o que nos CONECTA (e creio fortemente que sim, pois NEUROLOGICAMENTE fomos programados para buscar conexões), mostrar que às vezes você também se sente inseguro ou frustrado pode ser bom para o seu negócio.

E para sua alma também.

YOGA e PRODUTIVIDADE combinam?

meninas praticando Yoga

Quando chego no estúdio para uma aula de Yoga, minha mente ainda está no modo “dia”, aceleradíssima. Em outras palavras, ainda estou pensando se respondi todos os WhatsApps pendentes, se já chequei o conteúdo de todos os meus clientes, se comprei tudo o que precisava no supermercado.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Não sou diferente de você. Ao pisar no tapetinho, ainda tem um mundo de outras mil demandas que parecem ser mais importantes do que estar ali, parada, fazendo posturas e respirando. 

Acontece que tenho aprendido a ter determinação para SILENCIAR essa mente agitada. A mente nunca quer ser silenciada. Mas é só quando efetivamente a calamos e nos permitimos parar e RESPIRAR que percebemos: não somos ESCRAVOS dela. É aí que a mágica acontece...⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Quando a aula de Yoga termina, com o mantra da paz, tenho novamente perfeita CLAREZA de que não SOU a minha MENTE. A minha mente é um instrumento, que devo utilizar a meu favor - e não contra mim. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Como mágica, parece que tudo está novamente em ordem: lembro que comprei tudo o que precisava no supermercado, que as questões urgentes dos meus clientes já estão em ordem. E sinto que, no outro dia, serei capaz de FOCAR e dar meu melhor novamente.⠀⠀

A gente precisa se permitir parar às vezes. YOGA é FOCO. YOGA é ferramenta de PRODUTIVIDADE. Não pense que você perde uma hora do dia. Você ganha o dobro em agilidade, que é fruto de uma mente ordenada.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Melhor ainda: você resolve os problemas mais RÁPIDO, com menos CONFUSÃO e DESGASTE. Não importa se você trabalha produzindo conteúdo para a internet como eu, gerenciando uma loja, ou atendendo pessoas. Yoga é salvação pra todo mundo, na minha humilde opinião.

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Por que criamos sofrimento em nossas carreiras e relacionamentos?

atriz de Dor e Glória

Esse questionamento ecoa em mim desde que saí do cinema no último sábado, depois de assistir ao longa francês “Memórias da Dor”, com uma fotografia e narrativa tão frias quanto era a noite de inverno em Porto Alegre do lado de fora.

O filme acompanha a saga trágica da francesa Marguerite Duras durante a II Guerra Mundial, após seu marido, membro da Resistência, ser preso quando os nazistas ocupam a França.

A atriz Mélanie Thierry, que a interpreta, é a PRÓPRIA FACE da DOR. Às vezes me pego pensando: é inimaginável que o mundo já tenha presenciado tamanho martírio...

E aí entra a grande questão:

Por que nós, em pleno século 21, nos apegamos a sofrimentos tão pequenos? Por que sofremos por coisas às vezes tão banais, como não ter o último iPhone? Por que perdemos tempo falando e observando a vida alheia? Criando sofrimento pela comparação? 

Por que ainda não aprendemos a honrar nossos antepassados sem REPETIR o sofrimento, mas sim criando uma vida com mais SENTIDO? Será que, como humanidade, ainda não nos perdoamos? 

Por que nos mantemos, tantas vezes, trabalhando em empregos dos quais não gostamos para comprarmos coisas de que não precisamos? Será que ainda enchemos os carrinhos do supermercado pelo input do medo da escassez que ficou em nosso DNA? Se temos paz, por que não a desfrutamos e procuramos criar modelos de vida e trabalho que nos proporcionem um senso maior de felicidade? 

A História diz muito sobre quem somos hoje. É por isso que conhecimento é libertação. Que possamos criar menos dor e desfrutar mais da alegria, encontrando formas de trabalho que nos permitam, verdadeiramente, contribuir para um mundo mais harmônico.

Você sabe o que você NÃO quer para a sua VIDA/CARREIRA?

um observador no mirante

E se a pergunta fosse o contrário: você sabe o que você realmente QUER?

Não vale responder com conceitos abstratos. Tipo: quero ser bem sucedido (afinal, o que é ser bem sucedido?), quero viajar (quer viajar por quê? Pra onde? Com qual propósito?), quero ser gerente/empreendedor e ganhar bem (quanto é ‘ganhar bem’ para você? A resposta a esse questionamento varia muito de pessoa para pessoa). 

É por isso que todos esses desejos, na verdade, são bem abstratos. A realidade é que, muitas vezes, quando nos confrontamos com o que VERDADEIRAMENTE queremos, não possuímos uma resposta exata.

Daí, fica mais simples percorrer o caminho OPOSTO. Ou seja: questionar o que você não quer para a sua vida/carreira

O norte americano Mark Manson fala sobre isso no livro “A Sutil Arte de Ligar o Foda-se” que, apesar de ter cara de best-seller barato, traz vários insights interessantes.

Ele escreve que, mais do que nos questionarmos sobre quais prazeres queremos desfrutar, precisamos saber quais DORES não estamos dispostos a suportar.

“O que determina o sucesso não é ‘de que prazer você quer desfrutar?’. A questão relevante é ‘Qual dor você está disposto a suportar?’. O caminho da felicidade é cheio de obstáculos e humilhações. Você tem que escolher alguma coisa. Não dá para levar uma vida sem dor. Nem tudo são rosas e unicórnios o tempo todo. A pergunta sobre o prazer costuma ser fácil, e quase todos temos uma resposta parecida. Interessante mesmo é perguntar sobre a dor. ‘Qual dor você prefere tolerar?’. Essa é uma pergunta difícil, mas relevante. É a pergunta que vai levá-lo a algum lugar. É a pergunta que vai mudar perspectivas, vidas. É o que faz de mim quem eu sou, que faz de você quem você é”.

Bem, a verdade é que esse questionamento foi imprescindível para mim. Decidi mergulhar de vez na vida de nômade digital quando percebi que não estava mais disposta a enfrentar dores como: pegar um trânsito infernal todos os dias, fazer refeições sempre correndo, viver uma vida totalmente pautada por horários, descontar tristezas emocionais em vícios materiais e dos sentidos, como compras e comida.

E assim descobri o que realmente queria para a minha vida: horários mais flexíveis, refeições mais saudáveis, tranquilidade emocional, pausa do almoço com direito a um chazinho, como na foto. Hoje eu sei que isso é o que eu quero, de fato. 

Resumindo: o que você não quer mais suportar pode ser uma pista importantíssima sobre o que você, de fato, quer para a sua vida. Busque essa resposta. 

Ela pode ser LIBERTADORA.

O que aprendi sobre produção de conteúdo com o Ballet de Bolshoi

bailarina de bolshoi

Domingo, duas horas da tarde, eu e mais umas quatro pessoas no cinema. Abre a tela e sinto como se tivesse sido transportada direto para a Rússia, contemplando aquele lindo teatro. Assisti a dois clássicos de Bolshoi: Carmen Suite e Petrushka. 

Depois de contemplar os espetáculos, ainda um pouco extasiada, sentei em um café, peguei meu caderninho de notas e comecei a divagar:

Por que a arte emociona tanto? E o que ela pode nos ensinar para a vida prática, principalmente para quem trabalha como nômade com produção de conteúdo online?

Um dos aspectos do ballet que me comove imensamente é…

PRECISÃO

Os gestos são precisos. A coreografia é precisa. A música é precisa

Tudo é perfeitamente sincronizado. É por isso que ficamos inteiramente presentes e imersos em cada movimento dos bailarinos. A mente está quieta. Entramos basicamente em estado meditativo. 

E tudo isso só é possível porque há um esforço INIMAGINÁVEL de incontáveis ensaios, tanto da orquestra, quanto dos bailarinos (cheguei a me lembrar do longa “Cisne Negro”, que rendeu o Oscar para Natalie Portman e mostrava o lado negro dos bastidores do ballet). 

Para nós, que trabalhamos produzindo conteúdo em um mundo digital cada vez mais concorrido e com mais material sendo disponibilizado do que o algoritmo é capaz de distribuir, é preciso ser extremamente PRECISO para atingir a persona certa, da forma certa, com a escrita certa.

Assim como no ballet, produzir conteúdo de qualidade dá trabalho. Para criar conteúdo que se destaca é indispensável: 

  • Conhecer sua PERSONA nos mínimos detalhes;
  • Entender que DORES você vai solucionar com seu conteúdo;
  • Compreender os OBJETIVOS do seu projeto de conteúdo; 
  • Prezar imensamente pela QUALIDADE do conteúdo;
  • Organizar o FLUXO de produção para atender toda essa demanda;

Só assim ele será capaz de emocionar. E o que nosso CÉREBRO quer é emoção. Somos neurologicamente programados para recordar eventos (e conteúdos) que geram impacto em nós.

É isso que gera vínculo entre marcas e clientes

Dito tudo isso, segue um trecho de Carmen Suite para finalizar este post em grande estilo.

Você conhece seus PONTOS FORTES?

foto de um post it com lâmpada

Recentemente, li um livro chamado “Descubra seus Pontos Fortes”, bem focado em business e gestão de pessoas. Me surpreendi ao descobrir que, segundo os autores, cerca de 80% (!!!) dos trabalhadores não sentem que exercem seu pleno potencial em respectivas funções. 

E mais: que as organizações “queimam” inúmeros recursos valiosíssimos (tempo e dinheiro, principalmente) oferecendo formações para “melhorar” as habilidades ruins desses colaboradores. Quando, na verdade, poderiam investir para capacitá-los nas habilidades que já possuem. Sejam elas associadas à criatividade, oratória, empatia, liderança, entre outras. 

Minha escolha de carreira não envolve liderar uma equipe. Mas o livro me trouxe poderosos insights para o trabalho como nômade digital e social media: FOQUE naquilo que você é excelente e tem potencial para se tornar extraordinário. 

Se você trabalha com internet (ou deseja entrar nesse nicho), não é difícil dar uma pirada entre o que fazer primeiro: produzir vídeos, escrever, fazer colaborações, editar fotos...

Então, comece pelos seus PONTOS FORTES. O turning point de sua carreira pode estar ali. Se aprimorar ainda mais naquilo que você naturalmente já faz bem pode te tornar único. Invista em seus pontos fortes e administre na medida os fracos, mas não fique centrado neles.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Potencialize seus talentos.

O que aprendi sobre trabalho com o novo filme do Almodóvar?

personagens do filme do almodovar

No último sábado, lá estava eu em um dos meus programas favoritos da vida: cinema. Fui ao #supercult (haha) cinema Guion, assistir ao novo longa do Almodóvar: Dor e Glória. Até agora, volta e meia tenho algum novo insight sobre o filme. Trata-se, na verdade, de uma espécie de autobiografia do cineasta em uma fase decadente de sua vida. 

Ele já havia feito sucesso. Conquistado o mundo com seus filmes. Repleto de prestígio e fama. E, no entanto, lá estava ele. Infeliz, frustrado e deprimido.

Sem dúvidas, um dos motivos de maior agonia do cineasta é a DOR. Não só a emocional. Ele é acometido por uma verdadeira lista de patologias: de enxaqueca, passando por problemas no ciático, até engasgamentos involuntários por conta de uma síndrome rara nos ossos. 

Toda vez que é afligido por uma crise, a cada cena, o espectador sente na pele.  

Três insights sobre o filme Dor e Glória

E aí veio o primeiro INSIGHT:

1) INSIGHT UM: nós deveríamos, todos os dias, agradecer mais pelo simples fato de termos saúde. Enquanto estudiosa da fisiologia humana (trabalho com produção de conteúdo médico e cada vez mais entendo mais sobre o tema), é um verdadeiro MILAGRE o simples fato de nosso corpo acordar a cada dia funcionando normalmente.

E o que é mais louco? Às vezes, por conta do próprio excesso de trabalho, colocamos em cheque a saúde mental e física. Isso é pura insanidade.

Buenas, agora sobre o estado deprimido do diretor: 

2) INSIGHT DOIS: buscar o sucesso só pelo sucesso não adianta. Qual é o PROPÓSITOdo seu trabalho? Fama, prestígio, dinheiro...tudo isso é maravilhoso. Mas não é suficiente. O filme é mais um exemplo de que o combustível que move a vida é o entusiasmo. É transformar nossa ansiedade em potencial criativo. Sem isso, a vida perde a cor. 

Com algumas pinceladas incríveis e a participação da maravilhosa Penélope Cruz (como pode ser tão diva essa mulher?), o filme se propõe também a mostrar algumas cenas da infância do diretor. Sua mãe acreditava que, um dia, ele seria padre. 

Bem, se tornou diretor de cinema, como já sabemos.

Em uma cena bem comovente (#spoileralert) ele pede desculpas à mãe por não ter realizado o sonho dela.

E assim, entra em cena o insight número 3: 

3) INSIGHT TRÊS: nem sempre suas escolhas profissionais vão agradar sua família, seus amigos, ou familiares. Mas, sinceramente, é melhor pedir desculpas a eles e correr atrás de seus sonhos. Se Almodóvar tivesse seguido o caminho escolhido pela mãe, todos nós não teríamos conhecido seu talento excepcional para o cinema.

O filme vai muito além de uma análise de carreira. É também sobre amores, dores, superação. É visceral, como outros trabalhos do diretor (A Pele Que Habito, por exemplo, que assisti há tempo e achei fantástico). Talvez você assista e tenha outros inúmeros insights...

Se for o caso, compartilhe aqui que vou adorar saber!