“Coringa” me fez sentir compaixão pelos desafios que enfrentamos em uma sociedade doentia

joaquin phoenix em frente ao espelho

*Aviso: contém muitos SPOILERS!

Foto: Reprodução/Site A Crítica

Vamos lá: eu não fui ver “Coringa” no cinema com o intuito de escrever um texto aqui. A verdade é que eu achei o longa simplesmente tão agoniante que senti necessidade de elaborar algo através das palavras. Só para exorcizar um pouco do mal-estar que experimentei me contorcendo na cadeira do cinema.

Se você ainda não assistiu, portanto, meu primeiro alerta é: vá bem preparado(a) para duas horas de ininterrupta agonia cena após cena. Joaquin Phoenix passa, literalmente, o filme inteiro apanhando. E não só no sentido literal, mas também psicológico, claro. 

Os trejeitos ansiolíticos do ator – cuja interpretação é realmente digna do Oscar – a forma como ele traga o cigarro como quem parece incapaz de engolir a vida, a magreza insalubre, o olhar incompreendido. Tudo isso já promove um desconforto extremo.

Mesmo em se tratando de um psicopata (seus atos são injustificáveis, claro), ainda assim qualquer espectador com o mínimo de empatia sente-se mal por ele. Mas a atmosfera pesada, em minha opinião, não é ocasionada apenas pela trajetória do protagonista.

O grande trunfo do filme é mostrar que, quando uma sociedade é doentia e gananciosa, o sofrimento afeta todos os seus cidadãos – ricos, classe média, pobres. Todos.

Topa aprofundar o raciocínio?

Em Coringa, todo mundo está enfrentando uma batalha

Ao rememorar algumas cenas do longa, hoje percebo que o sentimento despertado em mim foi o de compaixão. Por exemplo: quando Arthur dialoga com sua terapeuta, esta parece desinteressada e distante. E, ao fim, anuncia que a prefeitura vai cortar os serviços de atendimento público na área da saúde mental. Ou seja: ele ficará sem seus remédios. 

Parece fácil culpá-la, mas a verdade é que ela também é peça do sistema. O que poderia fazer? Nesse ponto, já é válido questionar: se ele tivesse continuado com os remédios, será que tragédias subsequentes poderiam ter sido evitadas? 

Corta para a cena em que ele comete seu primeiro ato de violência. No metrô, três homens de perfil classe média (subindo na “escada social”), bêbados, tentam estuprar uma menina. 

Mais uma vez, enxerguei ali cinco vítimas: os meninos entorpecidos pelo álcool (provavelmente cheios de problemas do trabalho na cabeça); a personagem que, se não fosse a intervenção do “palhaço”, provavelmente seria violentada e teria um trauma para lidar pelo resto da vida e, claro, o próprio Coringa, que ganha mais alguns hematomas.

Já o gran finale é a cena em que Gotham implode em uma confusão anarquista e vemos como os pais de Bruce Wayne são assassinados. Na saída de um elegante teatro, uma pessoa qualquer aponta a arma para o casal e diz “você vai pagar, Wayne” (ou algo do tipo).

A cena termina com a mesma passagem que vemos nos filmes do Batman. A criança ali desamparada, órfã, passando pelo trauma de ver pai e mãe assassinados em sua frente. Na verdade, trata-se de mais uma vítima do sistema. 

Onde quero chegar? Bem, Coringa é uma crítica social que, embora forçada em alguns pontos para “reforçar a mensagem” que deseja transmitir, é extremamente necessária. Por coincidência, até no momento vivido pelo Brasil. 

Será que com a estrutura de país que temos e os índices cada vez mais elevados de desigualdade, seria prudente as pessoas andarem armadas? Eu creio fortemente que não. 

E reforço: não se trata de uma posição partidária. É só observar a violência das pessoas no trânsito. Em um sistema violento, onde todos ocupam eventualmente o papel de vítimas dele, a violência gera mais violência.

E será que ser gentil em uma sociedade carrasca vale a pena?

É impossível também ver o filme sem pensar: “por que todas as pessoas são tão cruéis com o personagem o tempo todo?”. Bem, é o que o sistema faz. Quando todos estão lidando com as suas merdas (desculpa o palavrão), como partes intrínsecas de uma sociedade doente, parece que ninguém se preocupa em ser gentil. Seria pedir demais.

Você certamente já enfrentou – ou enfrenta – situações em que as pessoas são maldosas. No transporte público, no trabalho, na faculdade. Só que, muitas vezes, temos que pensar que elas são assim porque também alguém lhes tratou da mesma forma. É um ciclo de violência contínuo. É o modo sobrevivência. Matar ou morrer.

Só que é triste ter que viver em um mundo assim, não é? Eu gosto de uma dessas frases de internet que diz assim: “seja gentil com todos que encontrar, você nunca sabe o que aquela pessoa está enfrentando”. Imagina se as pessoas colocassem isso em prática?

Não sei dizer quantas vezes já ouvi que, no mundo capitalista, se você for “bonzinho demais vai se ferrar”. Bem, ser gentil não é o mesmo que ser conivente com maus-tratos. Saber dizer não e ter amor-próprio é fundamental.

Em outras palavras, sim, é preciso estar atento, para que as pessoas não lhe passem a perna. Mas também não precisamos sempre desconfiar de tudo e todos, nos tornarmos amargos, sarcásticos e maldosos.

Eu escolho tentar ser gentil todos os dias e, depois desse filme, vou tentar ainda mais. Porque se queremos menos violência e mais amor – em todas as esferas sociais – precisamos começar com nossas atitudes em relação aos outros. É o primeiro passo.

Não importa em que degrau do sistema você está hoje. Se não contribuir para torná-lo um pouco menos cruel, injusto, desigual e violento, um dia a violência também chegará em você. De alguma forma.

Vamos ser mais gentis uns com os outros?

Gostou da reflexão? Já viu o filme e teve algum insight? Compartilhe nos comentários!

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Abstract: devaneios sobre como arte e design transformam o mundo

corpo humano

Em nosso mundinho de dualidades, comumente a arte e qualquer outro tipo de atividade mais voltada ao abstrato parecem desconexas do contexto pragmático do mercado de trabalho. Talvez por isso acompanhar a série Abstract (disponível na Netflix – a 2ª temporada acabou de chegar!) esteja sendo uma experiência tão maravilhosa para mim.

Abstract é uma série sobre pessoas que reinventaram conceitos de design, arquitetura e engenharia. Mais que isso. É uma produção que aborda a genialidade dos que ousam perceber o mundo sob um olhar diferente e, a partir daí, propõem novas soluções aos problemas que a humanidade enfrenta.

Para mim, parece uma forma de respiro em meio a enxurradas de notícias tristes e problemáticas que vemos todos os dias no Brasil. Me faz crer que, com ideias criativas, podemos solucionar velhos e novos desafios. Traz esperança, essencialmente.

Por isso, neste artigo quero falar um pouco sobre alguns aprendizados, insights e devaneios que tive ao acompanhar os episódios. Topa?

Onde a arte encontra “a vida real”?

Pelos mais diferentes locais de trabalho pelos quais passei, percebi um padrão que se repete: no dia a dia das organizações, o foco dos gestores e colaboradores muitas vezes é lidar com urgências. Há pouco espaço disponível para focar em novas soluções e propor ideias ousadas, o que acaba por fazer muitos problemas se acumularem mais e mais.

Mas é precisamente quando alguém ousa romper essa barreira do óbvio a partir de um olhar artístico e questionador que grandes revoluções acontecem. Só para citar um exemplo batido, porém que não deixa de ser revelador e todos nós conhecemos. Steve Jobs

Não só ele reinventou o design dos aparelhos. Ele revolucionou a forma como usamos o smartphone. E onde isso nos levou? A novas soluções em mobilidade urbana (Uber, bikes e patinetes nas cidades), formas de pedir comida, uso de mapas e por aí vai. 

A questão aqui é que o abstrato pode ganhar aplicabilidades reais imensuráveis. Acho que nem as mentes mais geniais que criam essas soluções conseguem dimensionar seu real impacto. Portanto, arte e o abstrato podem levar a caminhos que geram, sim, lucros e novas oportunidades para corporações – de forma cada vez mais sustentável, assim espero. 

Um dos episódios de Abstract que mais me marcou foi o de Neri Oxman. Basicamente, ela inventou uma nova profissão baseada na construção de materiais bioarquitetônicos. Hoje, no MIT, trabalha em um departamento com enfoque justamente nisto: criar soluções mais sustentáveis para construção e repensar o design e a manufatura de processos que degradam o meio-ambiente.

Não é incrível?

O futuro é abstrato. Quem vai criá-lo somos nós.

Ao acompanhar os episódios de Abstract, percebi um denominador comum entre diversos artistas e profissionais retratados nos episódios: com base em suas paixões, muitos deles verdadeiramente criaram novas ocupações. Talvez, com a tecnologia, aquela velha ideia de “viver da nossa arte” já não precise estar mais tão distante.

Mais do que isso: talvez seja justamente essa a sacada para empresas, colaboradores e empreendedores do futuro. As soluções de que o mundo necessita não cabem mais em profissões que seguem uma linha padrão. De acordo com dados reportados pela BBC, até 2030 mais de 800 milhões de empregos serão extintos pela automação.

Então, talvez agora seja o momento crucial de olharmos para nós mesmos, para aquela chama criativa que sempre esteve ali, e pensar: como eu posso rentabilizar meus talentos e propor novas soluções ao mundo (seja empreendendo ou dentro da empresa onde atuo?). As oportunidades nunca foram tão amplas. 

Recentemente, li um livro do filósofo Mario Sergio Cortella chamado “Por Que Fazemos o Que Fazemos”. Ele traz a ideia de que o trabalho que exercemos ajuda a nos construir como pessoas, assim como nós podemos criar um senso de contribuição a partir do que fazemos. Por mais clichê que pareça, isso nos traz aquela ideia de propósito

E o propósito está intrinsecamente associado ao nosso ímpeto de viver, propor novos caminhos diante dos desafios que enfrentamos, na esfera individual e coletiva. A motivação nasce com o propósito. Cada um de nós deve ter coragem para moldar e descobrir o seu, ampliando seus horizontes.

Já que o texto falou tanto sobre arte, vou encerrar com uma frase citada por Cortella e, de acordo com ele, proferida originalmente por Michelangelo:

Todo pintor pinta a si mesmo.

Basta coragem para pensar além das caixinhas. 

E aí, curtiu as dicas? Se você também acompanha a série, deixa um comentário aqui para eu saber e me conta qual episódio é seu favorito. 🙂

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5 livros sobre comportamento humano essenciais para a sua carreira

foto de um cérebro de brinquedo

Ultimamente, tenho lido muitos livros sobre comportamento humano, pois é algo que me fascina. Antes de optar pela faculdade de jornalismo, pensei em seguir o caminho da Psicologia. Hoje, trabalho com Marketing de Conteúdo/Neuromarketing e, de certa forma, essa área também engloba um extenso estudo acerca do Homo Sapiens.

Só que não escrevo hoje para falar sobre Marketing, em si. Decidi publicar este artigo porque penso que compreender como opera o cérebro e a fisiologia de um ser humano é indispensável em absolutamente qualquer carreira. Por quê? Porque, de uma forma ou de outra, você sempre vai ter de lidar com clientes/pessoas.

Ao compreender como funciona seu cérebro e seu organismo – bem como os das pessoas que o cercam -, portas incríveis podem se abrir a você. Pelo menos, comigo foi assim. Vou explicar melhor…

Por que você deveria aprender sobre comportamento humano?

Entender sobre pessoas – e, no processo, sobre você mesmo também – é um ingrediente básico de qualquer carreira de sucesso. Tudo começa na humildade de admitir: você é, em essência, um animal racional, mas com medos e instintos bastante primitivos. Embora tenhamos evoluído, nossa base biológica ainda é a mesma de nossos antecessores.

Ao partir de tal preceito, você vai entender que, para manter bons relacionamentos no trabalho e com seus clientes, é necessário entender um pouco melhor como o cérebro opera. E mais: como os indivíduos (nós) nos organizamos em sociedade de modo a atender nossas necessidades mais primitivas.

No fundo, o que nossos hormônios/instintos querem? Amor, conexão, apreciação, satisfação, senso de pertencimento. Compreender isso é essencial à sua carreira. Sim: a boa e velha empatia não é uma fraqueza, mas sim uma força no mercado de trabalho. Ao compreender a raiz das dores que qualquer ser humano enfrenta, você pode oferecer verdadeiras soluções e gerar um networking efetivo e verdadeiro.

Em outras palavras, isso não só vai fazer você vender mais, mas também vai solidificar as relações de confiança e companheirismo com seus colegas de trabalho, colaboradores ou clientes. Não sou apenas eu, Rafaela, quem está falando isso. Aprendi com os livros.

E, caso você queira aprofundar ainda mais o raciocínio que propus aqui, abaixo vou listar alguns dos que foram imprescindíveis no meu processo. 

5 livros sobre comportamento humano essenciais em qualquer profissão

Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, de Daniel Carnegie

Em “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, Daniel Carnegie resume alguns preceitos indispensáveis para lidarmos melhor com colegas de trabalho e clientes. São “regrinhas” que podem fazer toda a diferença e abrir portas na carreira. Algumas delas são:

  • Antes de criticar alguém, sempre fazer uma apreciação sincera;
  • Elogiar sempre que possível o trabalho/empenho de outra pessoa;
  • Buscar compreender a situação sob a perspectiva do outro;
  • Falar menos, ouvir mais;
  • Fazer perguntas ao invés de dar ordens diretas;

Uma obra indispensável, ainda mais em tempos tão líquidos.

Sapiens: Uma Breve História da Humanidade, de Yuval Harari

Sapiens: Uma Breve História da Humanidade” foi, literalmente, um livro que mudou minha vida. Apesar de um pouco difícil de ler no começo, ele torna-se incrível quando você começa a compreender que, de fato, seres humanos são essencialmente animais pensantes. E que é preciso levar isso em conta na sua carreira!

Você quer produzir mais e melhor, por exemplo? Não entupa seu cérebro de açúcar, por mais difícil que possa ser. Está estressado no trabalho? Não force a barra. Pratique Yoga ou outra atividade física e libere serotonina e endorfina no seu sistema. Em resumo: os aprendizados do livro valem para você lidar melhor consigo mesmo e com os outros.

A Lógica do Consumo, de Harper Collins

Se você trabalha com vendas, recomendo fortemente o livro “A Lógica do Consumo”. Ele fala sobre como entender o cérebro humano pode ajudar você a efetuar melhores estratégias de Marketing, considerando questões como o “efeito manada” e o conceito de escassez, do qual o cérebro tem pavor.

Observação: apenas, por favor, não use esses conhecimentos para “passar a perna” em ninguém. Use-os para ser mais estratégico ao estruturar o lançamento ou distribuição de um produto, por exemplo, mas de forma honesta. Não perca sua credibilidade fazendo uma “oferta inédita de 1 dia” quando, na verdade, ela vai durar mais. Uma hora as pessoas descobrem. Não faça isso. Sério.

Foco, de Daniel Goleman

Daniel Goleman é um dos estudiosos do comportamento humano mais admiráveis da atualidade. Sua obra é tão atual quanto necessária em uma sociedade tomada por dispositivos móveis. Em “Foco: a Atenção e seu Papel Fundamental para o Sucesso”, ele explica como funciona o mecanismo da atenção e como podemos fortalecer nossa capacidade de ficarmos centrados em uma atividade por vez.

Indo ainda mais além, o livro expõe como desenvolvermos e equilibrarmos três tipos diferentes de foco: o foco interno (em nosso corpo e estado de espírito); o foco no outro (no seu colega de trabalho ou nas pessoas próximas de você) e o foco externo (no que acontece no país, na sociedade e no mundo). Leitura imperdível. 

Supercérebro, de Deepak Chopra

Por fim, um livro sobre comportamento humano, mas também associado à espiritualidade. Em “Supercérebro”, Deepak Chopra fala sobre as estruturas cerebrais e como gatilhos de medo e ansiedade são disparados e produzem hormônios prejudiciais à saúde, quando liberados em excesso.

Ou seja: fala sobre o que acontece com o cérebro e o estado de espírito das pessoas quando elas vivem sob constante “ameaça” no trabalho. O legal desta obra é que ela aborda também sobre a meditação e a conservação de pensamentos positivos como ferramentas capazes de modificar esse cenário.

Em outros termos, apresenta ferramentas para que você domine sua mente/cérebro/pensamentos na maior parte do tempo  – e não o oposto.

E aí, curtiu as dicas? Eu espero realmente que elas possam ajudar você na sua trajetória pessoal/profissional. Se for o caso, deixa um comentário aqui para eu saber!

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O novo filme do Tarantino satiriza carreiras. Eu torci para os hippies.

atores do filme era uma vez em hollywood

Acordei hoje com o estômago um pouco estranho. Não sei se quero mais ver filmes do Tarantino. Mas, também, o que eu esperava? “Era Uma Vez em Hollywood” é mais uma mistura de humor ácido, sátira social e, claro, aquela dose de violência escancarada que o diretor adora.

Vamos ao contexto. O filme, que traz atores e atrizes maravilhosos(as) no elenco – desde Leo DiCaprio, Brad Pitt e Margot Robbie – até outras figurinhas surpreendentes que aparecem em uma cena ou outra (como Dakota Fanning, Damian Lewis e outras carinhas que você certamente vai conhecer) – se passa ao fim da década de 60, em uma Hollywood de tempos estranhos.

Filmes de faroeste em decadência. Vietnã. Hippies na rua. E toda trama gira em torno desse contexto. Ela acompanha a vida de Rick Dalton e seu dublê Cliff Booth – a dupla DiCaprio e Pitt, respectivamente – que basicamente vivem o típico clichê de LA: mansões, bebidas, filmes, fama.

Margot Robbie, se você me perguntar, é o contraponto irônico de feminismo (de forma subjetiva, claro) no longa. Uma atriz que se delicia em simplesmente ir ao cinema assistir aquela cena em que ela apareceu como coadjuvante por dois segundos e depois retornar ao lar, junto de seu marido, outro ator famoso. Mulheres em segundo plano, nada de novidades. 

Mas, voltando ao foco: em termos cinematográficos, não me julgo competente o suficiente para analisar a nova obra do diretor. Só que em termos de narrativa ela escancara, mais uma vez, o tanto que há por trás da imagem de uma “carreira bem sucedida”.

Vou explicar melhor.

O que acontece nos bastidores das “carreiras”?

Frente ao medo de ser esquecido, o personagem do (mais uma vez, brilhante) DiCaprio dá algumas surtadas cômicas em vários trechos do filme. Fala sozinho. Bebe de manhã, de tarde e à noite. Até chorar ele chora. Ser esquecido, para ele, é a possibilidade mais assustadora.

Confessa aí: não parece a gente às vezes?

Ele vive uma vida de excessos e, essencialmente, de medo. Me fez repensar mais uma vez sobre como nosso trabalho molda nossa vida. Faz parte de quem a gente é. Sabe aquela história de separar vida pessoal da profissional? Não existe! Você é uma única pessoa. Como vai dissociar uma coisa da outra? Me parece impossível.

DiCaprio, no filme, é uma versão mais ampliada do que eu, você e provavelmente todos nós aqui já fomos um dia. Obcecados pela carreira. Pela ideia de deixar uma marca. De sermos os melhores, mais ricos, mais bem-sucedidos. Você já teve essa egotrip? Eu já.

E aí entram os hippies.

A contracultura sem final feliz 

Como você pode imaginar, os personagens hippies simbolizam na trama de Tarantino exatamente o oposto de tudo que Pitt e DiCaprio são. O que eles querem é apenas ficar à toa, transar, viver livres, usar drogas e toda essa “parada hippie” que você já ouviu falar em algum momento.

Por conta de algumas reviravoltas de roteiro, porém, no fim os hippies decidem que querem vingança. Vingança dos astros Hollywoodianos que, através de seus filmes violentos, propagam a violência e a matança. Se você pensou: “isso só pode dar merda”, acertou. Principalmente em um filme do Tarantino. 

Eu não vou dar spoilers do fim, claro. Mas você pode imaginar quem se deu bem e quem não se deu na história, né? Buenas, de todo modo, a trama me deixou uma lição. Como venho refletindo há algum tempo, a resposta está no caminho do meio.

Nem Hollywoodianos demais, nem hippies demais. Precisamos de uma vida com mais equilíbrio. Nos relacionamentos, no trabalho, em tudo. O caminho do meio sempre é mais sábio.

Já assistiu ao filme? Me conta aqui o que achou e se teve outros insights!

Pelo que vale a pena lutar?

foto de aaron swartz

Ando em uma fase de questionar absolutamente tudo. Por que as coisas são como são? Por que trabalhamos? Por que comemos o que comemos? Por que compramos casas? Por que queremos dinheiro? Por que tivemos de ir à escola? O que a escola fez da gente? O que a sociedade faz da gente?

Sim, às vezes viver dentro da minha cabeça pode ser meio enlouquecedor. Mas, ao mesmo tempo, questionar tudo isso tem aberto caminhos muito libertadores. Ao buscar as respostas para tais perguntas, me deparei com algumas figuras inspiradoras.

Figuras, estas, que também tiveram seus questionamentos e ousaram quebrar paradigmas já pré-estabelecidos.

Vamos a alguns exemplos.

Pelo que eles lutaram?

Recentemente, ao revisitar um livro de colunas da maravilhosa jornalista Eliane Brum – “A Menina Quebrada” – rememorei a história de Aaron Swartz. Ele foi o que eu chamaria de “ativista digital”. Acreditava que todos os documentos que, por lei, são de acesso público deveriam estar disponíveis na internet.

Tentou disponibilizá-los ao mundo e, frente a uma ameaça de mais três décadas na prisão, suicidou-se. Ele tinha 26 anos. 

Também há pouco tempo assisti no Youtube a uma entrevista da ativista Luisa Mell. Vou disponibilizá-la aqui abaixo. Me emocionei. Aliás, me emociono. Ela fala com paixão da causa pelos animais. Da política suja por trás da indústria da carne. E da crueldade humana. Dedica absolutamente toda sua vida a isso. 

É duro, mas ela luta. E faz a diferença. Aliás, Luisa foi uma de minhas inspirações para adotar, de vez, o veganismo como estilo de vida.

Há menos de um mês, me aventurei também lendo a biografia de Malala Yousafzai: “Eu Sou Malala”. Sim – a ativista paquistanesa que, em 2014, ganhou o Nobel da Paz. Foi a mais jovem pessoa na história a receber essa condecoração. 

Como não se inspirar com a vida de uma menina que, mesmo diante de ameaças de morte, recusou a calar-se? Sua causa era muito clara. Sua missão, irrevogável: defender o direito de todas as mulheres no mundo à educação. Juro que chego a me arrepiar. 

E o mais louco é que todas essas pessoas são simplesmente….pessoas. Como eu e você. Se elas podem mudar o mundo, por que não nós? Por que não eu ou você?

Escrevo essas palavras com cautela, pois não quero dar uma pegada coaching a este texto. Mas a grande verdade é que vida realmente só tem sentido quando contribuímos e alinhamos nossas ações aos valores nos quais acreditamos. Quando colocamos nossos talentos à disposição de causas que defendemos.

No livro “Desperte seu Gigante Interior”, Anthony Robbins (há de se admirar esse cara, por mais louco que seja), escreve:

“Se queremos o nível mais profundo de realização na vida, só podemos alcançá-lo de um modo: decidindo o que mais prezamos, quais são nossos valores superiores e, depois nos empenhando em viver por eles (…) Todos nós respeitamos pessoas que defendem aquilo em que acreditam, mesmo que não concordemos com suas ideias sobre o que é certo ou errado. Há poder em indivíduos que levam suas vidas congruentes, em que suas filosofias e ações são a mesma coisa”.

Escolha suas lutas. Com sabedoria

Os exemplos que acabei de apresentar são de pessoas “grandes”, com extrema visibilidade. Mas eles são ilustrativos. A grande verdade é que não precisamos ser “famosos” ou ter um número grande de seguidores para lutar pelo que acreditamos. Aí está a crença que, muitas vezes, nos impede de agir. 

Comumente, acreditamos que defender causas é somente algo que um ativista, ou Gandhi ou uma Madre Teresa de Calcutá faria.  Mas a realidade é que você pode mudar o mundo diariamente. E mais – pode alinhar esse propósito até mesmo com o seu trabalho

Eu, por exemplo, fui trabalhar na Like Marketing por acreditar nos VALORES que seus clientes propagam: mais saúde e qualidade de vida à população, uma medicina preventiva, mais natural, mais humanizada. Hoje, sinto que prestar serviço a essas pessoas é, de certa forma, contribuir para um mundo melhor. 

Todos os dias, sinto que estou oferecendo algo de bom às pessoas, de alguma forma. Penso que faço alguma diferença no mundo, por menor que seja. Isso dá sentido à minha vida. Me preenche. Me faz ter vontade de trabalhar. Parece blablabla motivacional, mas juro que não é.

A grandiosidade está também nas pequenas ações. Lute pelo que você acredita nas coisas mais simples. Comece pela sua alimentação. Ou quem sabe experimente praticar a não-violência nas suas atitudes cotidianas. Falamos tanto dos políticos. De direita e de esquerda. Mas e as nossas atitudes?

Bem recentemente, em uma discussão política no WhatsApp, soltei uma frase sem querer que acabou até virando citação no Instagram da Rejane Toigo: “as pessoas não escutam nada que a gente fala. Elas podem apenas se inspirar no que a gente faz”. 

Se você está em um trabalho que não está alinhado com seus valores, procure mudar. Ou, pelo menos, traçar um plano de ação para transformar essa realidade. É muito desperdício deixar seus talentos correrem pelo ralo por algo em que você não acredita.

Aja. Descubra pelo que VOCÊ entende que vale a pena lutar. E lute. 

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Devaneios sobre como as conexões acontecem: no conteúdo e na vida

dois homens se abraçando

A Netflix liberou recentemente novos episódios de uma série chamada Queer Eye. Já acompanhei alguns e, volta e meia, me pego chorando. Não sei se por alegria, tristeza, ou talvez uma misturinha entre os dois. 

De forma bem resumida, trata-se de um reality show em que um grupo de 5 homens gays (The Fab Five, honey) entram na vida de uma pessoa – assim mesmo, bem aleatoriamente – para fazer uma profunda transformação. Uma mudança que engloba não só o estilo, mas também a relação dela com a comida, com a casa, com a família. 

O que me comove na série é ver como a pessoa verdadeiramente se TRANSFORMA após a chegada deles. Geralmente, as “intervenções” são feitas por eles em seres humanos que se doam TANTO aos outros que acabam esquecendo de si mesmos. Não lembram mais o que é ter um estilo próprio. Cozinhar a própria comida. Cuidar da pele, dos cabelos, do corpo. 

E a intervenção do grupo é feita de forma tão genuína, honesta e amorosa que é impossível não ser impactado pelo “antes e depois” das vidas tocadas por eles. Toda essa introdução apenas para dizer que Queer Eye tem me feito refletir sobre como as conexões humanas acontecem.

Cheguei à seguinte conclusão:

A dor é o que nos conecta

No desenrolar dos episódios da série, fica nítido isto: para que uma pessoa que perdeu totalmente a conexão consigo mesma, com sua essência, abrir-se para SENTIR de novo é complicado. E, na produção do Netflix, JUSTAMENTE o que faz as pessoas abrirem sua dor – permitindo-se sentir para, então, curar – é a conexão com a dor do outro.

Os 5 Fab Five, simplesmente por serem homossexuais, simbolizam um grupo de minoria. A cada episódio, eles também compartilham um pouco do sofrimento de suas histórias. Provando que, por mais dura que a estrada tenha sido, há possibilidade de superação.

É nesse momento em que a dor deles encontra a dor da pessoa que estão transformando – ainda que suas dores “originais” sejam completamente distintas – é que a conexão ocorre. A partir desse momento, a pessoa se entrega à mudança. Se permite aceitar ajuda. Recomeçar. 

Na vida e no conteúdo também é assim. A gente só se permite ser tocado quando se IDENTIFICA. E tem algo que nos identifique mais que a dor? Tem coisa mais chata que um conteúdo que não conecta, que não dialoga, que não traz verdade alguma nele? Que não tem propósito, visão, exposição?

Acho que passamos da era só das fotinhos de recebidos, hashtags e imagens exageradamente editadas. Ainda bem. Até os likes no Instagram se foram. Quer se destacar? Agora o negócio é aprofundar

Moral da história:

Não esconda sua dor. Você não é perfeito(a). Nem eu.

Nenhum de nós é. Mas até agora há pouco, nada disso era valorizado. Agora temos a oportunidade de começar a fazer diferente. Sobre o que sua audiência realmente quer saber? E como você pode comunicar isso colocando um pouquinho de você – ou do seu cliente – na mistura? Como você pauta seu conteúdo? Suas linhas editoriais exprimem sua verdade?

Podem parecer questionamentos inofensivos, mas eles são absolutamente essenciais. Em nossa experiência na Like Marketing, quanto mais a pessoa se enxerga no cliente e se identifica com ele, melhor é o resultado nas redes. E não estou só falando da alegria. Estou falando dos momentos difíceis, que também são compartilhados.

Eu acredito que os resultados no Marketing Digital podem ser muito melhores quando largamos apenas as frases motivacionais e vamos além. E, como amante da internet, torço para que ela seja inundada por textos, vídeos e imagens cada vez mais pensadas para conectar – e menos “blablabla” fake com o objetivo único de vender. (alguém ainda cai nessa?).

Em resumo, torço por mais conexões verdadeiras. Sejam elas no mundo real ou virtual.

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Por que criamos sofrimento em nossas carreiras e relacionamentos?

atriz de Dor e Glória

Esse questionamento ecoa em mim desde que saí do cinema no último sábado, depois de assistir ao longa francês “Memórias da Dor”, com uma fotografia e narrativa tão frias quanto era a noite de inverno em Porto Alegre do lado de fora.

O filme acompanha a saga trágica da francesa Marguerite Duras durante a II Guerra Mundial, após seu marido, membro da Resistência, ser preso quando os nazistas ocupam a França.

A atriz Mélanie Thierry, que a interpreta, é a PRÓPRIA FACE da DOR. Às vezes me pego pensando: é inimaginável que o mundo já tenha presenciado tamanho martírio…

E aí entra a grande questão:

Por que nós, em pleno século 21, nos apegamos a sofrimentos tão pequenos? Por que sofremos por coisas às vezes tão banais, como não ter o último iPhone? Por que perdemos tempo falando e observando a vida alheia? Criando sofrimento pela comparação? 

Por que ainda não aprendemos a honrar nossos antepassados sem REPETIR o sofrimento, mas sim criando uma vida com mais SENTIDO? Será que, como humanidade, ainda não nos perdoamos? 

Por que nos mantemos, tantas vezes, trabalhando em empregos dos quais não gostamos para comprarmos coisas de que não precisamos? Será que ainda enchemos os carrinhos do supermercado pelo input do medo da escassez que ficou em nosso DNA? Se temos paz, por que não a desfrutamos e procuramos criar modelos de vida e trabalho que nos proporcionem um senso maior de felicidade? 

A História diz muito sobre quem somos hoje. É por isso que conhecimento é libertação. Que possamos criar menos dor e desfrutar mais da alegria, encontrando formas de trabalho que nos permitam, verdadeiramente, contribuir para um mundo mais harmônico.

Você conhece seus PONTOS FORTES?

foto de um post it com lâmpada

Recentemente, li um livro chamado “Descubra seus Pontos Fortes”, bem focado em business e gestão de pessoas. Me surpreendi ao descobrir que, segundo os autores, cerca de 80% (!!!) dos trabalhadores não sentem que exercem seu pleno potencial em respectivas funções. 

E mais: que as organizações “queimam” inúmeros recursos valiosíssimos (tempo e dinheiro, principalmente) oferecendo formações para “melhorar” as habilidades ruins desses colaboradores. Quando, na verdade, poderiam investir para capacitá-los nas habilidades que já possuem. Sejam elas associadas à criatividade, oratória, empatia, liderança, entre outras. 

Minha escolha de carreira não envolve liderar uma equipe. Mas o livro me trouxe poderosos insights para o trabalho como nômade digital e social media: FOQUE naquilo que você é excelente e tem potencial para se tornar extraordinário. 

Se você trabalha com internet (ou deseja entrar nesse nicho), não é difícil dar uma pirada entre o que fazer primeiro: produzir vídeos, escrever, fazer colaborações, editar fotos…

Então, comece pelos seus PONTOS FORTES. O turning point de sua carreira pode estar ali. Se aprimorar ainda mais naquilo que você naturalmente já faz bem pode te tornar único. Invista em seus pontos fortes e administre na medida os fracos, mas não fique centrado neles.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Potencialize seus talentos.

O que aprendi sobre trabalho com o novo filme do Almodóvar?

personagens do filme do almodovar

No último sábado, lá estava eu em um dos meus programas favoritos da vida: cinema. Fui ao #supercult (haha) cinema Guion, assistir ao novo longa do Almodóvar: Dor e Glória. Até agora, volta e meia tenho algum novo insight sobre o filme. Trata-se, na verdade, de uma espécie de autobiografia do cineasta em uma fase decadente de sua vida. 

Ele já havia feito sucesso. Conquistado o mundo com seus filmes. Repleto de prestígio e fama. E, no entanto, lá estava ele. Infeliz, frustrado e deprimido.

Sem dúvidas, um dos motivos de maior agonia do cineasta é a DOR. Não só a emocional. Ele é acometido por uma verdadeira lista de patologias: de enxaqueca, passando por problemas no ciático, até engasgamentos involuntários por conta de uma síndrome rara nos ossos. 

Toda vez que é afligido por uma crise, a cada cena, o espectador sente na pele.  

Três insights sobre o filme Dor e Glória

E aí veio o primeiro INSIGHT:

1) INSIGHT UM: nós deveríamos, todos os dias, agradecer mais pelo simples fato de termos saúde. Enquanto estudiosa da fisiologia humana (trabalho com produção de conteúdo médico e cada vez mais entendo mais sobre o tema), é um verdadeiro MILAGRE o simples fato de nosso corpo acordar a cada dia funcionando normalmente.

E o que é mais louco? Às vezes, por conta do próprio excesso de trabalho, colocamos em cheque a saúde mental e física. Isso é pura insanidade.

Buenas, agora sobre o estado deprimido do diretor: 

2) INSIGHT DOIS: buscar o sucesso só pelo sucesso não adianta. Qual é o PROPÓSITOdo seu trabalho? Fama, prestígio, dinheiro…tudo isso é maravilhoso. Mas não é suficiente. O filme é mais um exemplo de que o combustível que move a vida é o entusiasmo. É transformar nossa ansiedade em potencial criativo. Sem isso, a vida perde a cor. 

Com algumas pinceladas incríveis e a participação da maravilhosa Penélope Cruz (como pode ser tão diva essa mulher?), o filme se propõe também a mostrar algumas cenas da infância do diretor. Sua mãe acreditava que, um dia, ele seria padre. 

Bem, se tornou diretor de cinema, como já sabemos.

Em uma cena bem comovente (#spoileralert) ele pede desculpas à mãe por não ter realizado o sonho dela.

E assim, entra em cena o insight número 3: 

3) INSIGHT TRÊS: nem sempre suas escolhas profissionais vão agradar sua família, seus amigos, ou familiares. Mas, sinceramente, é melhor pedir desculpas a eles e correr atrás de seus sonhos. Se Almodóvar tivesse seguido o caminho escolhido pela mãe, todos nós não teríamos conhecido seu talento excepcional para o cinema.

O filme vai muito além de uma análise de carreira. É também sobre amores, dores, superação. É visceral, como outros trabalhos do diretor (A Pele Que Habito, por exemplo, que assisti há tempo e achei fantástico). Talvez você assista e tenha outros inúmeros insights…

Se for o caso, compartilhe aqui que vou adorar saber!