Por que os valores pessoais são essenciais na carreira de freelancer?

pedras

Você sabe quais são seus valores pessoais predominantes? Pode soar como um questionamento provocativo, mas ele é extremamente relevante – pode acreditar. Principalmente se você atua como produtor de conteúdo freelancer e exerce trabalho remoto na área do Marketing Digital (ou qualquer outra).

Talvez (assim como eu até bem pouco tempo), você nunca tenha parado para refletir sobre o fato de que , como “autônomo”, você também é como uma empresa. Na realidade, de forma bem pragmática, além de ser um prestador de serviços, você é sua própria empresa

Precisa gerenciar seu fluxo de trabalho, demandas, caixa, burocracia. É fácil se perder no meio disso tudo, não é? Sei bem. Mas é aí que os seus valores pessoais vão ser de extrema ajuda! Vou explicar o porquê

Topa aprofundar a reflexão?

O que são valores pessoais e por que são relevantes?

Valores pessoais são um conjunto de princípios que regem basicamente todas as ações em nossa vida (de forma consciente ou não). Eles são os pilares principais por trás das decisões que tomamos ou deixamos de tomar, pela forma como agimos em relação a outras pessoas e a nós mesmos.

Em corporações maiores, muitas vezes os valores e a missão são expostos ao grande público e disseminados também internamente. Por quê? Porque, a cada decisão tomada, os princípios éticos ali descritos devem ser respeitados (nem sempre isso ocorre, mas em um mundo ideal, assim deveria ser).

Sem valores bem definidos, em minha visão, uma empresa pode ficar perdida. Isso porque, sem um propósito e princípios norteadores, eventualmente todos os seres humanos (a base da organização) ficam sem direção – você já deve ter percebido isso em alguns momentos de crise existencial. Precisamos saber o que nos move.

No caso de um profissional freelancer, então, a confusão pode ser ainda maior. Afinal, trabalho e vida pessoal invariavelmente se misturam. Depois que você não precisa mais “bater ponto”, é só você com você mesmo. E, sem um bom alinhamento interno de valores, é muito fácil surtar e se perder.

Mas, então, como definir esses preceitos que vão guiar nosso trabalho – principalmente considerando que na carreira de freelancer eles vão se misturar à essência pessoal?

Abaixo, vou compartilhar um pouquinho de como construí – e identifiquei – meus valores em meio à minha rotina de trabalho.

Como definir seus valores pessoais?

Uma das melhores formas de descobrir os valores que vão nortear o seu trabalho é refletindo sobre aquilo que incomoda você. É isto mesmo: geralmente, aquilo que mais nos incomoda no mundo tem relação com o fato de ser contrário aos nossos valores.

Por exemplo: como jornalista, eu nunca consegui entender muito bem como produtores de conteúdo podem escrever textos mal embasados, sem dados de fontes de credibilidade – ou PIOR – copiarem conteúdos de outros produtores. Bingo! Descobri um dos meus primeiros valores: ÉTICA.

E decidi que a ética não seria norteadora apenas na produção do conteúdo, mas também em relação à cobrança de jobs e à relação com meus clientes, sempre feita com abertura ao diálogo. Isso me auxiliou em diversos momentos e trouxe credibilidade ao meu trabalho.

Outro ponto que sempre me incomodou: ter que fazer algo correndo, executar trabalhos sem qualidade. Eis que identifiquei meu segundo valor: QUALIDADE (em relação à entrega dos meus trabalhos e à qualidade da minha vida). Como sempre digo, prefiro ter menos clientes e ter tempo na rotina para praticar Yoga e meditar.

No fim das contas, isso também favorece o meu trabalho. Por fim, em meio a diversas transformações pelas quais passei na minha carreira, percebi que o que sempre me deu motivação no trabalho é o senso de CONTRIBUIÇÃO. Esse é o terceiro valor que escolhi.

Quando sinto que estou executando meu trabalho apenas por dinheiro e não tenho a sensação de estar contribuindo de alguma forma para tornar o mundo e a vida das pessoas melhor, tudo perde o sentido. Por isso, também procuro ter e manter clientes que estão alinhados à minha visão de mundo. 

Bem, isso é o que funciona para mim. Também procuro trazer valores como AMOR, CRIATIVIDADE e EVOLUÇÃO PESSOAL como norteadores, sempre. No entanto, é interessante lembrar que valores pessoais não são imutáveis. Como seres humanos, nós evoluímos no decorrer de nossa jornada (que bom, não é?) e nossos valores podem evoluir conosco.

O mais importante? Encontrar e manter, pelo máximo de tempo possível, essa paz de espírito proveniente do alinhamento dos seus valores com a rotina de trabalho e jobs. 

E você, já tinha parado para refletir sobre os seus valores? Me conta aqui nos comentários!!

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5 sites de referência para produtores de conteúdo (principalmente científico)

óculos sobre um livro

Atuo como produtora de conteúdo há quase cinco anos e, desde então, praticamente não se passa um dia nesta vidinha em que eu não pesquise sobre algum assunto específico em sites de referência. Em minha visão, não existe informação boa sem embasamento, contextualização e estratégia.

Aliás, penso que nessa era de desinformação e confusão, os bons produtores de conteúdo têm um papel social fundamental. Na contramão das Fake News, precisamos aliar nosso trabalho à oferta de textos escritos de forma criteriosa, com qualidade, respaldados por fatos reportados em veículos de credibilidade. Caso contrário, estamos prestando um desserviço.

Mas vamos lá ao que interessa: onde encontrar boas ideias, fontes e materiais para criar conteúdos impecáveis? Abaixo, compilei 5 sites que simplesmente adoro

TOP 5 canais de referência para inspirar e embasar conteúdos

Aproveite para acessar e já favoritar aí no seu navegador. 🙂

1. Science Daily

O Science Daily Traz em forma de releases as notícias mais atuais do universo da saúde/ciência. Tanto os títulos, quanto os temas e os próprios dados das pesquisas podem ser utilizados para embasar seus conteúdos (não só na área médica, mas em outros textos que exijam dados respaldados por pesquisas). 

2. Pubmed

O Pubmed é outro site que disponibiliza artigos científicos de periódicos e revistas que estão entre os mais respeitados do mundo, como o JAMA, Cochrane, Science e Nature. Mesmo sendo em inglês, se você tiver dificuldade de compreender pode usar a ferramenta de extensão de tradução do Chrome e não terá problemas.

3. Pinterest

Eu amo o Pinterest como fonte de conteúdo! Ele pode ser inspirador tanto em termos de imagens, quanto em chamadas para textos e links de sites que trazem informações sobre o tema pesquisado. Vale a pena buscar inspiração lá e reforçar o texto com dados dos outros sites que menciono aqui.

Como atuo com foco na área da saúde, perfis como o Food Revolution me inspiram muito. 

4. Medscape

O Medscape é um site que traz notícias super recentes das novidades da medicina e da ciência. É utilizado por muitos especialistas como referência, além de ter uma Newsletter super legal que envia as principais atualizações por e-mail. As próprias manchetes podem inspirar textos e títulos. 

5. Sites de notícias oficiais

Sempre procuro embasar meus textos por dados de sites OFICIAIS de notícias, como Folha de São Paulo, G1, Terra e Correio do Povo. Sempre desconfie de qualquer dado “oficial” publicado por veículos com nomes estranhos ou pouco conhecidos. Fontes como Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde também são boas opções. 

Como referenciar fontes no seu conteúdo?

Óbvio que, além de checar as suas fontes, você precisa referenciá-las no seu texto. Minha sugestão, se você produz conteúdo para redes sociais, é colocar um asterisco ao lado da palavra estudo e, no fim do post, escrever assim: *Fonte {nome do estudo + nome do periódico + ano da publicação}. Veja um exemplo aqui.

JÁ se você utilizar as fontes para escrever um artigo de blog com foco em SEO, sugiro que inclua os LINKS da pesquisa. Por exemplo: “um estudo conduzido com mais de 3.500 adultos que participaram de programas de meditação concluiu que…”. É uma escolha estratégica, porque utilizar links externos favorece a otimização do seu artigo nos buscadores.

É isso! Espero que as dicas sejam úteis para você. 🙂 Se quiser se aprofundar mais no universo de produção de conteúdo e trabalho remoto, disponibilizei um E-BOOK gratuito sobre o tema recentemente. Para baixar, basta clicar aqui

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Por que o autoconhecimento deve ser nossa prioridade pessoal e profissional?

homem olhando para vidro

Um dos meus maiores desafios existenciais é buscar viver de forma consciente e focada no autoconhecimento. Constantemente, me questiono sobre tudo o que faço, reflito sobre o porquê faço e como faço. Tenho uma vozinha interna que sempre diz: “sem isso, você é só uma marionete do sistema”.

Pois bem, na semana passada, após acompanhar a entrevista do brilhante professor israelense Yuval Harari no Roda Vida (vou deixar o vídeo completo no fim do artigo), o sentimento se intensificou ainda mais. Ele é um daqueles seres humanos que me parece capaz de prever os rumos da humanidade.

Um dos pontos que mais me chamou atenção na entrevista foi sua abordagem em relação ao autoconhecimento. Na visão dele, meditar, silenciar e exercer um olhar contemplativo em relação a nós mesmos nunca foi tão relevante para a saúde física e mental.

Concordo plenamente e vou explicar o porquê. Topa aprofundar?

Autoconhecimento na Era Digital

Harari disserta muito sobre o impacto da tecnologia em nossa realidade. Na obra 21 Lições para o Século 21, ele já havia alertado: corremos um sério risco de que, em breve, as máquinas saibam mais sobre nós do que nós mesmos.

Pode parecer algo bobo e inofensivo, mas é assustadoramente real. O avanço tecnológico é, inquestionavelmente, benéfico em inúmeros sentidos. Só que ele parece afastar o ser humano ainda mais de si próprio. É fácil se distrair e nunca olhar para si com tanto conteúdo à disposição.

Isso, sem dúvidas, deveria ligar um alerta vermelho dentro de nós. Mas não liga. Porque a tecnologia emergiu justamente em um momento extremo de desconexão interna. Então, nós mal refletimos antes de deixar que os dispositivos entrassem na nossa vida. Simplesmente aderimos, sem pensar nas consequências…

E eu ouso dizer que os resultados estão cada vez mais evidentes. Parecemos cada vez mais zumbis ambulantes com telefones nas mãos. Ao mesmo tempo em que temos quase todas as facilidades ao alcance de um aplicativo, somos uma população cada vez mais deprimida e ansiosa.

E este é o grande risco de não olharmos para nós mesmos: ficamos estancados no mesmo lugar, às vezes presos em trabalhos que não nos satisfazem, com uma sensação de sermos vítimas. Enquanto isso, as máquinas já procuram nos dar tudo de forma pronta, automatizada. Terceirizamos à tecnologia nosso poder de escolha.

Sobre com quem estar, com quem se relacionar, como consumir, o que assistir, como se locomover. Sabe aquela frase do gato da Alice “se você não sabe para onde vai, qualquer caminho serve?”. É isso.

Se não soubermos pelo menos um pouquinho melhor quem somos, simplesmente seguiremos a tecnologia (e os interesses daqueles que a criaram). E podemos acabar mal. 

Isso é tudo, menos viver consciente, concorda?

A ponte entre hiperatividade e passividade

Ainda sobre tecnologias, em outro livro incrível que estou lendo – chamado “Sociedade do Cansaço”, o filósofo Byung-chul Han apresenta um argumento semelhante ao de Harari. Para ele, vivemos em uma sociedade imersa em hiperatividade, com pouco tempo contemplativo à disposição. A tecnologia acelerou tudo. 

Paradoxalmente, essa violência cognitiva tende a nos deixar tão exaustos que ficamos na verdade ativamente passivos – por mais louco que pareça. Mas pense bem: não é exatamente isso que fazemos quando dedicamos horas ao Instagram, Facebook, Netflix (e derivados)? Estamos ali, acordados, consumindo conteúdo…

Mas, em essência, estamos adormecidos. Veja que trecho fantástico:

“A agudização hiperativa da atividade faz com que esta se converta numa hiperpassividade, na qual se dá anuência a todo e qualquer estímulo. Em vez de liberdade, ela acaba gerando novas coerções. É uma ilusão achar que quanto mais ativos nos tornamos, mais livres seremos”.

Basta verificar quantas vezes já nos arrependemos por alguma mensagem no WhatsApp, ou contemplar nossa própria incapacidade de desligar o aplicativo e não responder ao chefe no fim de semana. Somos escravos passivos da hiperatividade.

Autoconhecimento na prática: por onde começar?

Todas essas reflexões sobre tecnologia fazem o cérebro ferver, não é? Em meio a todas elas, precisamos ser realistas: dificilmente poderemos frear essa ascensão digital. Por isso, precisamos ser responsáveis por reservar alguns minutos do dia sagrados a nós mesmos.

Pode ser com uma meditação pela manhã ou à noite, uma aula de Yoga, uma horinha na academia, uma caminhada leve. Ou até regando uma planta. O mais importante é você não se perder de si mesmo(a) em um momento tão crítico na história. 

Abaixo, a entrevista completa do Harari. Imperdível. E o próprio medita duas horas todos os dias, a título de curiosidade. 

Gostou do texto? Tem suas próprias opiniões sobre o assunto? Compartilhe aqui que eu vou adorar ler e responder para aprofundar a discussão!

Observação: os livros indicados neste post contém meus links de afiliada. Ao comprar através deles, você ajuda a rentabilizar meu trabalho para que eu possa seguir escrevendo esses textos. Obrigada!

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Disciplina – com consciência – é libertação no trabalho remoto (e na vida)

menina de frente pro mar meditando

Incrível como a filosofia da Yoga parece trazer respostas para tantos questionamentos internos. Hoje pela manhã, enquanto lia uma coluna da professora Isabela Fortes – na já extinta Revista Yoga Journal – encontrei insights interessantes sobre disciplina. Afinal, será que ser disciplinado(a) é um fardo ou uma benção?

Para aprofundar a reflexão, vou trazer alguns exemplos. Imagino que, em algum momento, você já tenha se deparado com algum destes dilemas:

Faço uma dieta ou chuto o balde? Pego pesado no trabalho ou dou prioridade à saúde? Bebo este drink na quarta-feira ou espero o fim de semana? São questionamentos internos bastante comuns. E todos, de certa maneira, estão associados à disciplina.

Confesso que, pessoalmente, tenho uma tendência a uma disciplina quase exagerada. Sou extremamente regrada com a alimentação, praticamente zerada no álcool e super focada nos meus objetivos. Foi neste ano, quando comecei a trilhar a vida nômade e quebrei um pouco meu senso de rotina, que comecei a refletir

 “Será que vale a pena tanta disciplina? Que tipo de perfeição eu desejo alcançar? Onde eu quero chegar?”

E a resposta veio com os códigos de conduta da Yoga. É preciso praticar a disciplina, sim, mas com amorosidade e ahimsa – o preceito da não-violência. 

Explico melhor…

Onde a disciplina encontra o amor-próprio

Sob a perspectiva da Yoga, a disciplina nos conduz à libertação. Isso porque somos os únicos seres mamíferos capazes de tomar decisões racionais, ou seja, podemos escolher – até certo ponto – todos os dias o que vamos comer, beber, falar, ouvir.

Só que, comumente, cedemos aos nossos instintos mais triviais por falta de amor-próprio. Por exemplo: quando comemos exageradamente e optamos por alimentos que sabemos que vão nos fazer mal, na verdade estamos sendo violentos em relação a nós mesmos.

Achamos que é um alívio, que merecemos esse “carinho”, mas na verdade só estamos nos machucando. O mesmo vale para outros amortecedores – até mesmo o excesso de trabalho e disciplina, quando queremos controlar tudo e acabamos percebendo, invariavelmente, que não temos controle de nada.

É por isso que o equilíbrio é a resposta e, para encontrá-lo, precisamos identificar quando estamos nos machucando. A disciplina é necessária para que possamos criar ordem na nossa vida. Afinal, não há liberdade alguma em não conseguir se controlar nos gastos e estourar o limite do cartão de crédito, ou exagerar em toda refeição, concorda?

Só que não adianta ir para o lado oposto e exagerar na disciplina, ao ponto de se machucar. É preciso se permitir, às vezes, comer aquele prato gostoso, assistir a um episódio extra daquela série na Netflix, dormir um pouquinho mais tarde. Isso é equilibrar o senso de ser disciplinado(a) com um olhar consciente.

Disciplina no trabalho remoto

Se você sonha em trabalhar remoto, lidar com a disciplina será uma questão constante em sua vida. Você terá a tão sonhada liberdade e flexibilidade de horários. Mas, se não souber lidar com isso, pode se descobrir em uma verdadeira prisão mental.

Trabalhar como freelancer exigirá de você identificar o seu ponto de equilíbrio entre ter disciplina na entrega dos seus jobs e, ao mesmo tempo, se permitir desligar por conta própria quando o expediente acaba. Caso contrário, se você tiver tendências workaholics como eu, logo vai se perceber trabalhando ainda mais do que no modelo CLT. 

No E-book gratuito que acabei de lançar, inclusive, falo um pouco mais profundamente sobre como criar um senso rotina é importante e como eu costumo me organizar na minha pauta de trabalho. 

Se você quiser baixar o E-book, basta clicar neste link

Fique atento à sua mente

Para finalizar, gostaria de compartilhar outros insights que a prática de Yoga me trouxe. O principal deles é começar a prestar atenção nos seus padrões de pensamentos. Se, antes de ceder a um hábito nocivo, você conseguir identificar certos gatilhos, acredito que pode realmente observar uma melhora enorme na sua qualidade de vida.

Experimente, por exemplo, fazer uma pausa reflexiva antes de comer algo que você sabe que vai lhe fazer mal. Pergunte-se “por que estou cedendo a esse instinto se eu sei que essa comida vai machucar meu corpo e me fazer sentir mal?”. Ou, antes de protelar no trabalho, questione-se “Será que vale a pena sofrer deixando tudo para última hora?”.

Permaneça vigilante e atento(a). Tudo que você absorve em termos de notícias, sons, palavras, relacionamentos afeta sua vida – dentro e fora do trabalho. Disciplinar seus pensamentos é um caminho que vai lhe permitir descobrir que o mundo não é tão feio quanto às vezes aparenta.

Se você conseguir cultivar essa disciplina consciente, não-violenta – consigo mesmo e com os outros – seus dias vão ficar muito mais coloridos. Não é simples, trata-se de um exercício diário e constante.

Mas eu prometo a você: vale muito a pena.

Curtiu o texto? Me deixa saber! Se você gostou dos insights, comente aqui embaixo…




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O que sobrou de mim após um ano de desapegos

pássaro voando

Confesso que sempre torcia um pouco o nariz quando lia relatos muito pessoais na internet. Hoje, porém, percebo que não é por acaso que em em 2019 falamos tanto em vulnerabilidade. Nossas vidas andam tão artificiais que simplesmente nos desconectamos de nós mesmos e uns dos outros.

Foi por isso que decidi escrever este texto – bem pessoal – e compartilhar alguns aprendizados que tive após um dos anos mais intensos da minha vida. O ano em que comecei a viver a vida nômade e praticar o desapego no sentido mais literal da palavra.

Tudo começou com o desapego de uma pessoa. Tive que me desapegar de uma relação longa, cheia de amor e memórias maravilhosas. Mas que acabou. Sabe quando existe ainda um certo tipo de afeto, mas as outras circunstâncias são complicadas demais, não há mais força para continuar? Foi mais ou menos isso. 

E assim teve início o que chamei de minha “crise dos 30 aos 25”. Mudei de trabalho, comecei a viajar e ler livros de autoconhecimento e espiritualidade que me colocaram em contato com partes minhas que eu tinha enterrado lá no fundo e nunca mais tinha olhado.

Elas vieram à tona. E me assustaram demais, principalmente no começo.

O que descobri quando desacelerei

Nessa mudança de rotina, percebi o quanto, nos últimos anos, simplesmente entrei na “corrida dos ratos” e dediquei grande parte da minha vida ao trabalho, ao êxito profissional, a ponto de ter sido basicamente uma workaholic. Conquistei muita coisa – mas perdi muito no caminho também.

A partir dessa constatação, realmente comecei a mergulhar fundo no minimalismo. Doei roupas e livros, limpei gavetas, pratiquei Yoga, viajei e, no meio dessa loucura toda, conheci pessoas muito especiais que me ajudaram nesse processo de reconexão comigo mesma.

Pessoas que encontrei em aeroportos, bancos de ônibus e até pela internet. Tenho certeza de que nunca mais esquecerei delas, porque fazem parte da minha nova versão. E espero muito ter deixado alguma marca minha nelas também.

Ainda sobre desapegos, no meu aniversário, rabisquei algo assim no meu diário:

“Estou revirando tudo, limpando e recordando tudo o que já fui, para tentar entender quem eu sou hoje”.

E assim a vida seguiu acontecendo. Fui apresentada a autores como Thoreau e Byung-chul Han, que me fizeram ter ainda mais certeza de que uma vida com mais experiências, pessoas de verdade, amor-próprio e autocuidado – e menos coisas – é a que realmente vale a pena ser vivida. 

Assim, vendi meu carro e segui focada no lema “mais experiências, menos coisas”. Mas, recentemente, uma das minhas viagens me fez descobrir algo extremamente importante… 

Também é preciso desapegar do desapego

Porque eu me tornei viciada em desapegar. E isso é perigoso, pode se tornar confortável demais nunca se apegar a nada ou ninguém pelo medo de sentir.

É preciso ter coragem também de amar e dividir expectativas, sonhos e problemas com outras pessoas. Em todo e qualquer relacionamento – seja na vida pessoal ou no trabalho.

É bom ter leveza, ter menos coisas. Mas o desapego também pode ser solitário, especialmente quando é pelo medo de que nunca vamos ser perfeitos o suficiente para ninguém, ou porque temos medo de nos machucar. Fica fácil viver no raso e nunca aprofundar nada.

Tudo isso para dizer que o que sobrou de mim após um ano de desapegos foi a certeza de que ainda tenho muito a trabalhar em mim mesma. Que a jornada de autoconhecimento não é tanto sobre viajar, como escrevi neste artigo, mas sobre ter coragem de olhar para si mesmo(a) – independentemente de onde você estiver.

Desconectar do trabalho, meditar, ler, fazer terapia, ouvir sua voz interior. Quanto mais você tentar calar essa voz com coisas externas ou outros amortecedores (bebidas, comida, drogas ou qualquer outra coisa), mais doloroso será olhar para tudo isso depois. Pode acreditar.

Em 2020, pretendo fazer exatamente isto: seguir me autodescobrindo. Para que eu me sinta corajosa o suficiente para me apegar um pouquinho mais de novo e encontrar esse equilíbrio entre apego e desapego. No fim, o caminho do meio é aquele que sempre faz mais sentido.

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Toda viagem é uma busca por nós mesmos

vista do avião

Eu não imaginava que a paranoia de fim de ano ia bater por aqui já em novembro. Mas ela apareceu – e com intensidade. Talvez porque uma de minhas avós faleceu na última semana e a morte faz isso. A gente começa a repensar tudo. 

No início deste ano eu tinha sonhos. Principalmente o de viajar, viver novas experiências, cruzar com pessoas incríveis. Sou muito feliz de olhar para trás hoje e ver que isso realmente aconteceu. Conheci seres humanos maravilhosos, percorri diferentes estados, ouvi sotaques distintos. Estive em lugares marcados pela riqueza e pela pobreza.

Comecei a sentir o gostinho do que é ser nômade. Só que o que eu não sabia – e descobri agora – é que o que estava por trás disso era, na verdade, um anseio de me conhecer melhor

Talvez nem todas as pessoas que cruzaram comigo saibam, mas elas me ensinaram mais sobre mim do que qualquer aula de Yoga ou sessão de terapia. Isso porque elas espelharam todas as partes mais lindas e feias de quem eu sou. 

Estive pensando que o ímpeto de viajar e percorrer o mundo – que é o que pretendo seguir fazendo – na verdade é um anseio da alma, um chamado para a gente olhar mais pra dentro. Porque é fácil criar uma vida cheia de distrações e nunca olhar. Só que uma hora bate aquele vazio. É inevitável.

Não sei o que 2020 me reserva, para falar bem a verdade. E aprendi que está tudo bem não planejar tanto. Sei que vou percorrer novos lugares, encontrar outras pessoas. Estou aberta ao que vier. Mas hoje percebo que o clichê é real: não é sobre para onde a gente vai, é sobre a jornada.

A viagem externa não importa tanto. O destino é só um detalhe. Como a Lana canta: “turns out everywhere you go you take yourself, it’s not a lie” (“acontece que para qualquer lugar que você vá, você se leva junto”). Ou seja: não adianta a gente querer fugir de si mesmo rodando o mundo.

Embora viajar – no sentido literal – seja uma grande jornada de autoconhecimento. a maior viagem é aquela que a gente faz para dentro da gente mesmo. A viagem externa só nos coloca em contato com isso mais fácil, porque tira a gente da bolha da nossa vidinha, da rotina estabelecida.

E olha… essa viagem interna é a que requer mais coragem. Olhar para as nossas dores machuca demais. É como tirar casquinhas de feridas esquecidas depois de muito tempo.

Aí você abre o Instagram e parece que ninguém precisa mexer nas casquinhas. E você pensa: “por que eu estou aqui cutucando?”. Bem, é porque você precisa. Porque já não consegue mais ignorar. E percebe que isso só vai fazer mais mal do que finalmente cutucar o machucado e depois, finalmente, fazer um curativo.

Para falar bem a verdade, não sei qual é o intuito deste texto. Talvez sejam só devaneios de um domingo à noite, depois de assistir uns 6 episódios de This Is Us, me lavar chorando e pensar: “caramba, não tenho a mínima ideia do que estou fazendo da minha vida”, mais um ano está no fim e nem planos eu tenho.

Mas esta é a vida real: um eterno exercício de desapegar de todas as certezas. Talvez, na verdade, a vida talvez seja a maior viagem e cada vez mais eu desconfio que nenhum de nós tem a mínima ideia mesmo do que está fazendo aqui. E o mais louco? É só vivendo que a gente vai descobrindo.

Se a gente estiver de coração aberto, a vida sempre coloca as pessoas certas no nosso caminho de autodescoberta. O que eu aprendi até aqui é que nada – nem ninguém – é por acaso.

E apreciar a vista sempre vale a pena

Explore 4 funções nas quais é possível atuar como produtor de conteúdo digital

mesa com computador

Viver da escrita, ter seus próprios horários, trabalhar de onde quiser como produtor de conteúdo digital. Parece um cenário incrível para você? Para mim, sempre foi. Sem dúvidas, esses foram os atrativos que me levaram ao Marketing de Conteúdo. E a boa notícia é que a demanda na área só aumenta cada vez mais e mais.

Quando entrei no mercado, em meados de 2015, acreditava que a necessidade para a contratação de excelentes redatores se restringia a textos de blog. Me enganei. Atualmente, a verdade é que há uma carência de profissionais que escrevam materiais para redes sociais, textos de e-mails, páginas de vendas e por aí vai.

O que eu quero dizer? Que há INÚMERAS possibilidades para você se capacitar como produtor de conteúdo e oferecer serviços na área.

Vou explicar melhor a seguir. 

4 formas de atuação como produtor de conteúdo digital

Para contextualizar algumas das novas oportunidades oferecidas pelo mercado digital, abaixo vou listar quatro formatos de demandas que vejo MUITO por aí. São áreas nas quais você pode se aprofundar e se capacitar para oferecer serviços – seja como freelancer, ou como colaborador em uma agência ou no setor de Marketing da sua empresa.

Blogs de Empresas

Sim: as organizações estão começando a entender que ter um posicionamento na internet é indispensável. Nesse contexto, a produção de conteúdo para blogs empresariais é uma forma de aproximar o consumidor da marca através da entrega de textos de qualidade, associados aos produtos/serviços vendidos por ela. 

Em tempo: se você deseja entender como um blog pode ser uma excelente ferramenta de Marketing, sugiro que leia este artigo onde falo um pouco mais sobre isso. 

Redes Sociais

Médicos, lojas, restaurantes, hotéis…basicamente todos os negócios hoje em dia estão entrando nas redes sociais. E, mais do que belas imagens, são necessários textos incríveis para construir uma estratégia no Facebook e no Instagram, por exemplo.

Hoje, eu dedico cerca de 80% das minhas horas de trabalho à criação de conteúdo para redes sociais. E vejo que a procura só aumenta. 

Blog Próprio

Já pensou que ter seu próprio blog também pode ser uma forma de atuar como produtor de conteúdo? Isto mesmo: além de ser uma “vitrine” para o seu trabalho, se você entregar conhecimento através dele com posts associados à uma temática sobre a qual você tenha amplo domínio, pode posteriormente rentabilizá-lo.

Seja através de programas de afiliação, venda de espaço publicitário ou criação de seus próprios materiais, como cursos ou E-books. 

Copywriting de E-mails e Páginas de Vendas

Em agências de marketing e outras empresas que já investem em estratégias digitais, a redação de e-mails e textos focados em conversão (copywriting) simbolizam demandas cada vez mais requisitadas – e uma oportunidade gigante para produtores de conteúdo.

Vale a pena pesquisar sobre o tema e, se você achar interessante, buscar capacitação na área. 

Como começar a criar oportunidades na área de produção de conteúdo?

Curtiu as dicas? Bom, então agora vamos adiante: como começar a criar oportunidades na área?

Há diversas alternativas. Você pode pesquisar possibilidades em sites de “freelas”, ou então oferecer seus serviços gratuitamente como “teste” para empresas da sua região, ou amigos que tenham seus próprios negócios. Se os seus clientes em potencial ficarem satisfeitos, eles certamente vão lhe indicar para outras pessoas.

Prove seu valor. Em algum momento, quando já tiver mais clientes, você pode começar a estipular seu próprio preço conforme a qualidade da sua entrega. Acredite: você vai se surpreender com a demanda existente para serviços de redação.

E aí, preparado(a) para começar? Espero que as dicas sejam realmente úteis para você! Em caso positivo, me deixa saber aqui nos comentários. 🙂

Observação: o Curso Criadores de Conteúdo contém meu link de afiliada. Ao comprar através dele, você ajuda a rentabilizar meu trabalho para que eu possa seguir escrevendo esses textos. Obrigada!

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5 livros de autoconhecimento que podem transformar sua carreira (e sua vida)

livro sobre a mesa e café

Você sente um vazio que volta e meia bate à porta durante a sua jornada de trabalho? Se a resposta for sim, já estive no seu lugar. Sei como a sensação é incômoda. Mas por mais que possa soar como um clichê motivacional, a verdade é esta: você pode mudar. Na minha experiência, ler livros de autoconhecimento ajudou muito no processo.

Sempre torci o nariz para qualquer tipo de obra focada em autoajuda/autoconhecimento – parece que a categoria, por si só, é depreciativa. Só que, ao deixar o preconceito um pouquinho de lado e me aprofundar em leituras desse tipo, minha vida começou a mudar. Tanto a nível pessoal, quanto profissional. 

É por isso que decidi escrever este texto compartilhando um pouco o meu processo e indicando 5 livros que foram essenciais no start da minha transição de carreira e no meu projeto de virar nômade digital.

Para conferir, siga a leitura até o fim!

Livros de autoconhecimento valem a pena?

Se você estiver aberto a absorver o que eles dizem, sim. Não posso generalizar, claro, mas eu realmente acredito que estamos neste planeta para evoluir e melhorar como seres humanos. E há inúmeras ferramentas válidas nesse caminho – inclusive os livros. 

Pelo menos, na minha visão, o que não faz nenhum sentido é viver uma vida vazia, sem propósito e apenas se queixar. Quando você sente que não há sentido no que faz, penso que é indispensável procurar auxílio. E os livros são uma alternativa acessível e que nos transporta a outras realidades, não é?

Defendo também outras formas de terapia, como conversar com um psicólogo, ou mesmo praticar Yoga. No meu caso, uma coisa puxou a outra. Ler obras focadas em espiritualidade e autoconhecimento me levou a buscar um profissional para abordar minhas dificuldades emocionais e me aprofundar ainda mais em mim mesma.

É aí que a mágica acontece. Porque, se você sente um vazio no trabalho, certamente há uma razão por trás. Você só pode descobrir qual é ela quando conhece a si mesmo(a). Autoconhecimento é o melhor investimento que podemos fazer na vida. Ele nos dá rumo. 

Eu, por exemplo, amo escrever. Só que levei um tempo para entender que isso é o que realmente me realiza – trabalhar com produção de conteúdo. Mais até do que editar textos de outras pessoas. 

Como gosto de escrever, também funciona para mim trabalhar remoto ou em home office. Lugares muito cheios me desconcentram. Sou capaz de produzir mais, melhor e com tranquilidade em casa, com liberdade de horários e menos barulho. Mas talvez esse modelo não funcione para você. 

Em resumo: se autoconhecer é o primeiro passo para identificar se o seu trabalho está alinhado à sua visão de vida, aos seus valores e ao que você gosta. Ter esse conhecimento é libertador, pois pode lhe dar um norte na jornada.

OK. Mas quais foram, então, as leituras fundamentais nesse processo? Abaixo, compartilho cinco delas.

5 livros de autoconhecimento para repensar a vida e a carreira

Já abriu o bloquinho de notas? Confira 5 leituras essenciais no processo de se aprofundar em si mesmo(a) e redirecionar os passos na carreira:

1) Por que fazemos o que fazemos?, de Mário Sergio Cortella

No  provocativo livro “Por que fazemos o que fazemos?”, o filósofo Mário Sergio Cortella nos convida a um mergulho interno no sentido que há por trás de nossas carreiras. Para mim, se enquadra na categoria do autoconhecimento porque instiga a pensar: como o trabalho que eu faço também ME constitui como ser humano? 

O que eu faço que realmente me traz orgulho, senso de realização, ou apenas dinheiro? São questões que você pode aprofundar e, certamente, ter insights preciosos a partir daí. 

2) O Poder do Agora, de Eckhart Tolle

Li as primeiras páginas de “O Poder do Agora” com um olhar extremamente cético. Até que percebi que as palavras do autor faziam muito sentido. Basicamente, trata-se de um livro sobre espiritualidade que nos convida a mergulharmos no que está além da nossa mente, o que mora naquele espaço vazio que encontramos quando meditamos. 

“Se for usada corretamente, a mente é um instrumento magnífico. Entretanto, se a usamos de forma errada, ela se torna destrutiva. Em geral, você não usa sua mente. Ela que usa você”, escreve o autor.

Tolle nos convida a silenciar os pensamentos. Muitas vezes, é nessa nossa essência – que vai além do âmbito racional – que moram todas as respostas que buscamos no trabalho e na vida. 

3) O Caminho da Sabedoria, de Matthieu Ricard, Alexandre Jollien e Christophe André

Em “O Caminho da Sabedoria”, um livro no formato perguntas e respostas, o leitor é instigado a refletir sobre as raízes de diferentes comportamentos e questionamentos pertinentes à sociedade e ao trabalho. Por que sentimos raiva? Por que temos dificuldade de nos expressarmos? Como lidamos com as pessoas?

Uma leitura leve e deliciosa e um convite para olharmos mais para dentro, antes de olhar para fora. 

4) Propósito, de Sri Prem Baba

O conceito de dharma permeia todas as palavras desse pequeno, mas poderoso livrinho, chamado “Propósito”. A palavra em sânscrito nos dá dimensão de que, se estamos aqui, não é por acaso. Mas a jornada consiste justamente em descobrir esse porquê. 

O trabalho, muitas vezes, traz pistas. Quando não estamos em sintonia com nossa missão, sofremos e protelamos nossas atividades. 

Quais são seus talentos? O que faz seu coração vibrar? O que empolga você? São pistas interessantes. 

5) Você Pode Curar sua Vida, de Louise Hay

Eu já indiquei diversas vezes “Você Pode Curar Sua Vida” aqui, mais uma não vai fazer mal. Nessa obra cheia de sensibilidade, Louise Hay fala de amor-próprio e sua importância na carreira e nos relacionamentos. Disserta sobre a importância de nos criticarmos menos, sermos mais gentis em relação a nós mesmos.

Quando nos amamos, as respostas que buscamos para a vida e o trabalho surgem mais facilmente. Com leveza e fluidez. Tenho comprovado na prática.

E aí, curtiu as dicas? Já leu algum desses livros? Comenta aqui e me diz o que achou!!

Observação: os livros indicados neste post contém meus links de afiliada. Ao comprar através deles, você ajuda a rentabilizar meu trabalho para que eu possa seguir escrevendo esses textos. Obrigada!

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“Coringa” me fez sentir compaixão pelos desafios que enfrentamos em uma sociedade doentia

joaquin phoenix em frente ao espelho

*Aviso: contém muitos SPOILERS!

Foto: Reprodução/Site A Crítica

Vamos lá: eu não fui ver “Coringa” no cinema com o intuito de escrever um texto aqui. A verdade é que eu achei o longa simplesmente tão agoniante que senti necessidade de elaborar algo através das palavras. Só para exorcizar um pouco do mal-estar que experimentei me contorcendo na cadeira do cinema.

Se você ainda não assistiu, portanto, meu primeiro alerta é: vá bem preparado(a) para duas horas de ininterrupta agonia cena após cena. Joaquin Phoenix passa, literalmente, o filme inteiro apanhando. E não só no sentido literal, mas também psicológico, claro. 

Os trejeitos ansiolíticos do ator – cuja interpretação é realmente digna do Oscar – a forma como ele traga o cigarro como quem parece incapaz de engolir a vida, a magreza insalubre, o olhar incompreendido. Tudo isso já promove um desconforto extremo.

Mesmo em se tratando de um psicopata (seus atos são injustificáveis, claro), ainda assim qualquer espectador com o mínimo de empatia sente-se mal por ele. Mas a atmosfera pesada, em minha opinião, não é ocasionada apenas pela trajetória do protagonista.

O grande trunfo do filme é mostrar que, quando uma sociedade é doentia e gananciosa, o sofrimento afeta todos os seus cidadãos – ricos, classe média, pobres. Todos.

Topa aprofundar o raciocínio?

Em Coringa, todo mundo está enfrentando uma batalha

Ao rememorar algumas cenas do longa, hoje percebo que o sentimento despertado em mim foi o de compaixão. Por exemplo: quando Arthur dialoga com sua terapeuta, esta parece desinteressada e distante. E, ao fim, anuncia que a prefeitura vai cortar os serviços de atendimento público na área da saúde mental. Ou seja: ele ficará sem seus remédios. 

Parece fácil culpá-la, mas a verdade é que ela também é peça do sistema. O que poderia fazer? Nesse ponto, já é válido questionar: se ele tivesse continuado com os remédios, será que tragédias subsequentes poderiam ter sido evitadas? 

Corta para a cena em que ele comete seu primeiro ato de violência. No metrô, três homens de perfil classe média (subindo na “escada social”), bêbados, tentam estuprar uma menina. 

Mais uma vez, enxerguei ali cinco vítimas: os meninos entorpecidos pelo álcool (provavelmente cheios de problemas do trabalho na cabeça); a personagem que, se não fosse a intervenção do “palhaço”, provavelmente seria violentada e teria um trauma para lidar pelo resto da vida e, claro, o próprio Coringa, que ganha mais alguns hematomas.

Já o gran finale é a cena em que Gotham implode em uma confusão anarquista e vemos como os pais de Bruce Wayne são assassinados. Na saída de um elegante teatro, uma pessoa qualquer aponta a arma para o casal e diz “você vai pagar, Wayne” (ou algo do tipo).

A cena termina com a mesma passagem que vemos nos filmes do Batman. A criança ali desamparada, órfã, passando pelo trauma de ver pai e mãe assassinados em sua frente. Na verdade, trata-se de mais uma vítima do sistema. 

Onde quero chegar? Bem, Coringa é uma crítica social que, embora forçada em alguns pontos para “reforçar a mensagem” que deseja transmitir, é extremamente necessária. Por coincidência, até no momento vivido pelo Brasil. 

Será que com a estrutura de país que temos e os índices cada vez mais elevados de desigualdade, seria prudente as pessoas andarem armadas? Eu creio fortemente que não. 

E reforço: não se trata de uma posição partidária. É só observar a violência das pessoas no trânsito. Em um sistema violento, onde todos ocupam eventualmente o papel de vítimas dele, a violência gera mais violência.

E será que ser gentil em uma sociedade carrasca vale a pena?

É impossível também ver o filme sem pensar: “por que todas as pessoas são tão cruéis com o personagem o tempo todo?”. Bem, é o que o sistema faz. Quando todos estão lidando com as suas merdas (desculpa o palavrão), como partes intrínsecas de uma sociedade doente, parece que ninguém se preocupa em ser gentil. Seria pedir demais.

Você certamente já enfrentou – ou enfrenta – situações em que as pessoas são maldosas. No transporte público, no trabalho, na faculdade. Só que, muitas vezes, temos que pensar que elas são assim porque também alguém lhes tratou da mesma forma. É um ciclo de violência contínuo. É o modo sobrevivência. Matar ou morrer.

Só que é triste ter que viver em um mundo assim, não é? Eu gosto de uma dessas frases de internet que diz assim: “seja gentil com todos que encontrar, você nunca sabe o que aquela pessoa está enfrentando”. Imagina se as pessoas colocassem isso em prática?

Não sei dizer quantas vezes já ouvi que, no mundo capitalista, se você for “bonzinho demais vai se ferrar”. Bem, ser gentil não é o mesmo que ser conivente com maus-tratos. Saber dizer não e ter amor-próprio é fundamental.

Em outras palavras, sim, é preciso estar atento, para que as pessoas não lhe passem a perna. Mas também não precisamos sempre desconfiar de tudo e todos, nos tornarmos amargos, sarcásticos e maldosos.

Eu escolho tentar ser gentil todos os dias e, depois desse filme, vou tentar ainda mais. Porque se queremos menos violência e mais amor – em todas as esferas sociais – precisamos começar com nossas atitudes em relação aos outros. É o primeiro passo.

Não importa em que degrau do sistema você está hoje. Se não contribuir para torná-lo um pouco menos cruel, injusto, desigual e violento, um dia a violência também chegará em você. De alguma forma.

Vamos ser mais gentis uns com os outros?

Gostou da reflexão? Já viu o filme e teve algum insight? Compartilhe nos comentários!

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Onde o amor-próprio entra na gestão da carreira?

mulher meditando

Eu sempre acreditei que êxito profissional estava associado ao esforço empenhado em uma determinada função, à capacidade de “entregar mais do que lhe é solicitado” e ao foco em um contínuo processo de aprendizagem. De fato, tais elementos são importantes. Só que apenas eles não bastam.

Neste ano, descobri que um dos aspectos mais imprescindíveis na gestão de carreira e no sucesso pessoal e profissional (leia-se sucesso aqui como: sentir um senso de felicidade e realização) é o amor-próprio. Conforme falei recentemente em outro artigo, percebi que cuidar da minha saúde, física e espiritual deveria ser uma prioridade na minha vida.

Em outras palavras: que me amar, me cuidar e ter tempo para mim e as pessoas que eu amo deve ser inegociável. E também me torna uma profissional melhor, capaz de entregar um serviço de qualidade, cumprir prazos e gerar confiabilidade ao cliente. Por mais paradoxal que pareça, priorizar o meu bem-estar também é bom para quem me paga.

Topa aprofundar a reflexão? 

Amor-próprio é a causa e a solução dos problemas 

Vou confessar: no início de 2019, eu me deparei com aquela sensação de vazio. Eu tinha a “fórmula para ser feliz”: flexibilidade de horários, oportunidade para viajar, e jobs – muitos jobs – em uma agência incrível. Eu amava (ainda amo) o que faço, mas faltava um elemento muito importante nessa equação.

E fui descobrir o que era com um livro incrível chamado “Você Pode Curar Sua Vida”, da norte-americana Louise Hay. Sim, é um livro de espiritualidade, autoconhecimento, autoajuda ou o que você preferir. Mas, por favor, não torça o nariz apenas por isso. Antes, veja que incrível o que ela diz:

“Quando realmente amamos e aprovamos a nós mesmos, tudo na vida funciona. (…) Amar a si mesmo é algo que realiza milagres. Não estou falando de vaidade, arrogância ou convencimento, pois isso não é amor, somente medo. Falo sobre termos um grande respeito por nós mesmos. O que pensamos sobre nós torna-se verdade para nós” – Louise Hay.

Basicamente, a autora demonstra que, muitas vezes, a sensação de vazio que assola nossas vidas e relacionamentos independe do nosso cargo ou salário. Ela tem a ver com o nosso próprio senso de merecimento acerca do lugar que ocupamos. 

E mais: que o lugar que ocupamos é exatamente aquele que aceitamos com base em nosso nível de amor-próprio!

Quanto menos nos amamos, mais caótico é o nosso trabalho e, muitas vezes, menor é o nosso salário. Foi aí que eu percebi: o que faltava era tempo de qualidade para mim, para meditar, nutrir amizades, ler. Eu precisava ME amar o suficiente para trabalhar menos, receber um valor que eu achasse justo por hora de trabalho.

O mais desafiador? Não me culpar por tudo isso. 

Sacrificar a vida pelo trabalho não é virtude. É falta de amor-próprio

Em sintonia com a leitura do livro da Louise, revisitei recentemente outro livro do Nuno Cobra Jr., chamado “O Músculo da Alma: a Chave para a Sabedoria Corporal”. Ele também aborda o fato de o mundo estar de cabeça para baixo. Todos vivem cansados e correndo. Falta amor-próprio, no trabalho e na vida.

Mas por quê? Na visão de Cobra, trata-se do mecanismo publicitário – e eu acrescentaria o tal do Coaching “modo charlatão” – que nos vende o autosacrifício como uma virtude. Com os inputs cerebrais promovidos por esses discursos, você não precisa convencer as pessoas a se amarem menos. É só vender a elas a ideia de que se sacrificar é bonito.

Assim, você sacrifica tudo. E a vida parece virar um campo de batalha, sempre mais difícil. Até você chegar lá e perceber que o sucesso que lhe venderam não é sucesso. É vazio.

Saiba se valorizar. Isso não é feio, nem errado. Se você se capacitou, cobre o preço que acha justo pelo seu serviço. Defina suas prioridades e imponha elas em sua rotina. Para mim, por exemplo, meu horário na Yoga hoje é inegociável. Você vai ver que será até mais respeitado(a) por isso.

Tem uma frase que eu adoro, do filme “As Vantagens de Ser Invisível”, que diz assim: 

A gente aceita o amor que a gente acha que merece.

Vale para para o contexto do trabalho, para os relacionamentos pessoais e para a vida, essencialmente.

Gostou da reflexão? O que você pensa sobre o tema? Vamos aprofundar nos comentários?

PS: Os links dos livros citados aqui estão vinculados à minha conta da Amazon Affiliates. Ao comprar através deles, você ajuda a rentabilizar meu trabalho para que eu possa continuar escrevendo esses textos!

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