Um cachorro me mordeu. E me ensinou lições poderosas sobre trabalho

cachorro de costas

Desde que comecei minhas aventuras nômades no início deste ano, prometi a mim mesma que iria exercer um olhar mais atento ao mundo e às pessoas ao meu redor. E foi assim que conheci Irlene*, quando peguei o último ônibus da Rodoviária de Porto Alegre com destino a Garopaba, em Santa Catarina. 

Como duas viajantes mulheres sozinhas, naturalmente bastou uma troca de olhares para começarmos a conversar. Falamos sobre trabalho, sonhos, família e morte. E, quando chegamos ao nosso destino, já havíamos trocado o número de WhatsApp e marcamos um chimarrão para prolongar a conversa.

No fim de semana, lá fui eu papear com Irlene. Ela estava hospedada na casa de uma amiga, com a missão de cuidar de seus cachorros enquanto esta viajava. Cheguei até a casa, dei um abraço nela e, rapidamente, fui fazer um carinho no cachorro

Mas ele não estava tão afim de carinho assim

Abocanhou minha perna e meu braço, deixando alguns hematomas de presente. Aí está a prova:

mordida de cachorro

Foi um susto leve – AINDA BEM. Mas o episódio me fez refletire muito – posteriormente. Por isso, hoje decidi compartilhar aqui um pouco sobre o que aprendi diante da situação.

Devaneios sobre a mordida do cachorro e a vida profissional

Como eu costumo buscar explicações para tudo o que acontece na minha vida, fiquei pensando depois: “afinal, que lição esse cachorrinho quis me ensinar?”. Cheguei a algumas conclusões que se aplicam tanto ao mercado de trabalho, quanto à vida de modo geral:

  • Às vezes, queremos impor nosso posicionamento e nossa forma de pensar em situações corporativas sem nem ao menos antes pedir licença ou abrir a mente para ouvir o outro lado. Ainda que na melhor das intenções. Eu fui acariciar o cachorro sem nem antes perguntar se era bravo. Lição aprendida.
  • Em sintonia com o tópico anterior: o trabalho geralmente envolve muito mais do que    apenas tarefas. Envolve lidar com outros seres humanos. Muitas vezes, acabamos nos metendo em furadas por opinar sobre situações que não nos dizem respeito e querer resolver os problemas dos outros, quando às vezes nem somos capazes de lidar com os nossos!

Não adianta querer acariciar quem não quer carinho. Não cabe a nós querer mudar a forma de outras pessoas agirem. Podemos apenas ser EXEMPLO.

  • Cada ser que habita este planeta tem uma história que o influenciou a ser exatamente da maneira como é. Depois que o cachorro me mordeu, Irene me contou que ele é adotado. Quando morava na rua, apanhava muito. Por isso, quando alguém estende a mão para acariciá-lo, ele acha que vai sofrer e se defende.

Olha bem a profundidade disso! E vai dizer que com as pessoas não é assim mesmo? Muitas vezes, pessoas abusivas no ambiente de trabalho são duras assim porque a vida as maltratou muito. Compreender isso já é um passo enorme para lidar melhor com qualquer um que nos trate mal.

Veja bem: não estou dizendo que está tudo bem aceitar desaforos. Mas a compreensão sempre é o melhor caminho para começar a resolver conflitos, em minha visão. E não só na minha…

Compreenda mais, julgue menos

No clássico livro “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, Dale Carnegie apresenta um argumento semelhante ao que busquei trazer neste texto. Ele pontua que, para que possamos cultivar relacionamentos sadios no ambiente de trabalho – e fora dele também -, precisamos saber exercer a empatia. Saber se colocar no lugar do outro. 

“Em lugar de condenar os outros, procuremos compreendê-los. Procuremos descobrir por que fazem o que fazem. Essa atitude é muito mais benéfica e intrigante do que criticar; e gera simpatia, tolerância e bondade” – Dale Carnegie

De minha parte, claro que não foi legal levar uma mordida de cachorro. Mas eis mais uma prova de que tudo depende do olhar. Uma situação super chata me ensinou uma série de lições valiosíssimas, das quais sempre me lembro diante de um dia complicado.

Sou grata ao cachorro por ter me mordido. Ele me ensinou. Eu aprendi com ele. E, bem ou mal, agora tenho mais uma cicatriz e outra boa história para contar

*nome fictício.

Observação: os livros citados neste texto contém meu link de afiliada da Amazon. Ao comprar através deles, você ajuda a rentabilizar meu trabalho para que eu possa continuar escrevendo. <3

Pelo que vale a pena lutar?

foto de aaron swartz

Ando em uma fase de questionar absolutamente tudo. Por que as coisas são como são? Por que trabalhamos? Por que comemos o que comemos? Por que compramos casas? Por que queremos dinheiro? Por que tivemos de ir à escola? O que a escola fez da gente? O que a sociedade faz da gente?

Sim, às vezes viver dentro da minha cabeça pode ser meio enlouquecedor. Mas, ao mesmo tempo, questionar tudo isso tem aberto caminhos muito libertadores. Ao buscar as respostas para tais perguntas, me deparei com algumas figuras inspiradoras.

Figuras, estas, que também tiveram seus questionamentos e ousaram quebrar paradigmas já pré-estabelecidos.

Vamos a alguns exemplos.

Pelo que eles lutaram?

Recentemente, ao revisitar um livro de colunas da maravilhosa jornalista Eliane Brum – “A Menina Quebrada” – rememorei a história de Aaron Swartz. Ele foi o que eu chamaria de “ativista digital”. Acreditava que todos os documentos que, por lei, são de acesso público deveriam estar disponíveis na internet.

Tentou disponibilizá-los ao mundo e, frente a uma ameaça de mais três décadas na prisão, suicidou-se. Ele tinha 26 anos. 

Também há pouco tempo assisti no Youtube a uma entrevista da ativista Luisa Mell. Vou disponibilizá-la aqui abaixo. Me emocionei. Aliás, me emociono. Ela fala com paixão da causa pelos animais. Da política suja por trás da indústria da carne. E da crueldade humana. Dedica absolutamente toda sua vida a isso. 

É duro, mas ela luta. E faz a diferença. Aliás, Luisa foi uma de minhas inspirações para adotar, de vez, o veganismo como estilo de vida.

Há menos de um mês, me aventurei também lendo a biografia de Malala Yousafzai: “Eu Sou Malala”. Sim – a ativista paquistanesa que, em 2014, ganhou o Nobel da Paz. Foi a mais jovem pessoa na história a receber essa condecoração. 

Como não se inspirar com a vida de uma menina que, mesmo diante de ameaças de morte, recusou a calar-se? Sua causa era muito clara. Sua missão, irrevogável: defender o direito de todas as mulheres no mundo à educação. Juro que chego a me arrepiar. 

E o mais louco é que todas essas pessoas são simplesmente….pessoas. Como eu e você. Se elas podem mudar o mundo, por que não nós? Por que não eu ou você?

Escrevo essas palavras com cautela, pois não quero dar uma pegada coaching a este texto. Mas a grande verdade é que vida realmente só tem sentido quando contribuímos e alinhamos nossas ações aos valores nos quais acreditamos. Quando colocamos nossos talentos à disposição de causas que defendemos.

No livro “Desperte seu Gigante Interior”, Anthony Robbins (há de se admirar esse cara, por mais louco que seja), escreve:

“Se queremos o nível mais profundo de realização na vida, só podemos alcançá-lo de um modo: decidindo o que mais prezamos, quais são nossos valores superiores e, depois nos empenhando em viver por eles (…) Todos nós respeitamos pessoas que defendem aquilo em que acreditam, mesmo que não concordemos com suas ideias sobre o que é certo ou errado. Há poder em indivíduos que levam suas vidas congruentes, em que suas filosofias e ações são a mesma coisa”.

Escolha suas lutas. Com sabedoria

Os exemplos que acabei de apresentar são de pessoas “grandes”, com extrema visibilidade. Mas eles são ilustrativos. A grande verdade é que não precisamos ser “famosos” ou ter um número grande de seguidores para lutar pelo que acreditamos. Aí está a crença que, muitas vezes, nos impede de agir. 

Comumente, acreditamos que defender causas é somente algo que um ativista, ou Gandhi ou uma Madre Teresa de Calcutá faria.  Mas a realidade é que você pode mudar o mundo diariamente. E mais – pode alinhar esse propósito até mesmo com o seu trabalho

Eu, por exemplo, fui trabalhar na Like Marketing por acreditar nos VALORES que seus clientes propagam: mais saúde e qualidade de vida à população, uma medicina preventiva, mais natural, mais humanizada. Hoje, sinto que prestar serviço a essas pessoas é, de certa forma, contribuir para um mundo melhor. 

Todos os dias, sinto que estou oferecendo algo de bom às pessoas, de alguma forma. Penso que faço alguma diferença no mundo, por menor que seja. Isso dá sentido à minha vida. Me preenche. Me faz ter vontade de trabalhar. Parece blablabla motivacional, mas juro que não é.

A grandiosidade está também nas pequenas ações. Lute pelo que você acredita nas coisas mais simples. Comece pela sua alimentação. Ou quem sabe experimente praticar a não-violência nas suas atitudes cotidianas. Falamos tanto dos políticos. De direita e de esquerda. Mas e as nossas atitudes?

Bem recentemente, em uma discussão política no WhatsApp, soltei uma frase sem querer que acabou até virando citação no Instagram da Rejane Toigo: “as pessoas não escutam nada que a gente fala. Elas podem apenas se inspirar no que a gente faz”. 

Se você está em um trabalho que não está alinhado com seus valores, procure mudar. Ou, pelo menos, traçar um plano de ação para transformar essa realidade. É muito desperdício deixar seus talentos correrem pelo ralo por algo em que você não acredita.

Aja. Descubra pelo que VOCÊ entende que vale a pena lutar. E lute. 

*Observação: os links dos livros mencionados neste texto fazem parte do Programa de Afiliados da Amazon. Ao comprar por eles, você ajuda a rentabilizar meu trabalho. <3

YOGA e PRODUTIVIDADE combinam?

meninas praticando Yoga

Quando chego no estúdio para uma aula de Yoga, minha mente ainda está no modo “dia”, aceleradíssima. Em outras palavras, ainda estou pensando se respondi todos os WhatsApps pendentes, se já chequei o conteúdo de todos os meus clientes, se comprei tudo o que precisava no supermercado.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Não sou diferente de você. Ao pisar no tapetinho, ainda tem um mundo de outras mil demandas que parecem ser mais importantes do que estar ali, parada, fazendo posturas e respirando. 

Acontece que tenho aprendido a ter determinação para SILENCIAR essa mente agitada. A mente nunca quer ser silenciada. Mas é só quando efetivamente a calamos e nos permitimos parar e RESPIRAR que percebemos: não somos ESCRAVOS dela. É aí que a mágica acontece…⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Quando a aula de Yoga termina, com o mantra da paz, tenho novamente perfeita CLAREZA de que não SOU a minha MENTE. A minha mente é um instrumento, que devo utilizar a meu favor – e não contra mim. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Como mágica, parece que tudo está novamente em ordem: lembro que comprei tudo o que precisava no supermercado, que as questões urgentes dos meus clientes já estão em ordem. E sinto que, no outro dia, serei capaz de FOCAR e dar meu melhor novamente.⠀⠀

A gente precisa se permitir parar às vezes. YOGA é FOCO. YOGA é ferramenta de PRODUTIVIDADE. Não pense que você perde uma hora do dia. Você ganha o dobro em agilidade, que é fruto de uma mente ordenada.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Melhor ainda: você resolve os problemas mais RÁPIDO, com menos CONFUSÃO e DESGASTE. Não importa se você trabalha produzindo conteúdo para a internet como eu, gerenciando uma loja, ou atendendo pessoas. Yoga é salvação pra todo mundo, na minha humilde opinião.

Se você gostou do texto e sonha também ser nômade digital e trabalhar com Marketing de Conteúdo, vou deixar abaixo os CURSOS ONLINE que indico para mergulhar nesse universo e aprender a produzir conteúdo para marcas e vender seu trabalho. 

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Por que criamos sofrimento em nossas carreiras e relacionamentos?

atriz de Dor e Glória

Esse questionamento ecoa em mim desde que saí do cinema no último sábado, depois de assistir ao longa francês “Memórias da Dor”, com uma fotografia e narrativa tão frias quanto era a noite de inverno em Porto Alegre do lado de fora.

O filme acompanha a saga trágica da francesa Marguerite Duras durante a II Guerra Mundial, após seu marido, membro da Resistência, ser preso quando os nazistas ocupam a França.

A atriz Mélanie Thierry, que a interpreta, é a PRÓPRIA FACE da DOR. Às vezes me pego pensando: é inimaginável que o mundo já tenha presenciado tamanho martírio…

E aí entra a grande questão:

Por que nós, em pleno século 21, nos apegamos a sofrimentos tão pequenos? Por que sofremos por coisas às vezes tão banais, como não ter o último iPhone? Por que perdemos tempo falando e observando a vida alheia? Criando sofrimento pela comparação? 

Por que ainda não aprendemos a honrar nossos antepassados sem REPETIR o sofrimento, mas sim criando uma vida com mais SENTIDO? Será que, como humanidade, ainda não nos perdoamos? 

Por que nos mantemos, tantas vezes, trabalhando em empregos dos quais não gostamos para comprarmos coisas de que não precisamos? Será que ainda enchemos os carrinhos do supermercado pelo input do medo da escassez que ficou em nosso DNA? Se temos paz, por que não a desfrutamos e procuramos criar modelos de vida e trabalho que nos proporcionem um senso maior de felicidade? 

A História diz muito sobre quem somos hoje. É por isso que conhecimento é libertação. Que possamos criar menos dor e desfrutar mais da alegria, encontrando formas de trabalho que nos permitam, verdadeiramente, contribuir para um mundo mais harmônico.

Você sabe o que você NÃO quer para a sua VIDA/CARREIRA?

um observador no mirante

E se a pergunta fosse o contrário: você sabe o que você realmente QUER?

Não vale responder com conceitos abstratos. Tipo: quero ser bem sucedido (afinal, o que é ser bem sucedido?), quero viajar (quer viajar por quê? Pra onde? Com qual propósito?), quero ser gerente/empreendedor e ganhar bem (quanto é ‘ganhar bem’ para você? A resposta a esse questionamento varia muito de pessoa para pessoa). 

É por isso que todos esses desejos, na verdade, são bem abstratos. A realidade é que, muitas vezes, quando nos confrontamos com o que VERDADEIRAMENTE queremos, não possuímos uma resposta exata.

Daí, fica mais simples percorrer o caminho OPOSTO. Ou seja: questionar o que você não quer para a sua vida/carreira

O norte americano Mark Manson fala sobre isso no livro “A Sutil Arte de Ligar o Foda-se” que, apesar de ter cara de best-seller barato, traz vários insights interessantes.

Ele escreve que, mais do que nos questionarmos sobre quais prazeres queremos desfrutar, precisamos saber quais DORES não estamos dispostos a suportar.

“O que determina o sucesso não é ‘de que prazer você quer desfrutar?’. A questão relevante é ‘Qual dor você está disposto a suportar?’. O caminho da felicidade é cheio de obstáculos e humilhações. Você tem que escolher alguma coisa. Não dá para levar uma vida sem dor. Nem tudo são rosas e unicórnios o tempo todo. A pergunta sobre o prazer costuma ser fácil, e quase todos temos uma resposta parecida. Interessante mesmo é perguntar sobre a dor. ‘Qual dor você prefere tolerar?’. Essa é uma pergunta difícil, mas relevante. É a pergunta que vai levá-lo a algum lugar. É a pergunta que vai mudar perspectivas, vidas. É o que faz de mim quem eu sou, que faz de você quem você é”.

Bem, a verdade é que esse questionamento foi imprescindível para mim. Decidi mergulhar de vez na vida de nômade digital quando percebi que não estava mais disposta a enfrentar dores como: pegar um trânsito infernal todos os dias, fazer refeições sempre correndo, viver uma vida totalmente pautada por horários, descontar tristezas emocionais em vícios materiais e dos sentidos, como compras e comida.

E assim descobri o que realmente queria para a minha vida: horários mais flexíveis, refeições mais saudáveis, tranquilidade emocional, pausa do almoço com direito a um chazinho, como na foto. Hoje eu sei que isso é o que eu quero, de fato. 

Resumindo: o que você não quer mais suportar pode ser uma pista importantíssima sobre o que você, de fato, quer para a sua vida. Busque essa resposta. 

Ela pode ser LIBERTADORA.